sábado, fevereiro 28

Cá por casa há pelo menos mais um blog! Havia outro, mas foi desactivado... De maneira que resta este d'o companheiro secreto. Não é bem cá da casa, porque é feito com a colaboração de várias pessoas, mas também é, porque dois deles são de cá, o Mário e o Tolentino. Vale muito a pena acompanhar! E é do Tolentino o texto que aqui deixo a propósito da quaresma:


Não é das cinzas, mas do Sonho este dia

1) Como dizia Shakespeare, «o sonho define o personagem». Os horizontes que uma vida vislumbra, acabam por ser seus fios condutores. Se alguém nos quisesse conhecer, deveria apenas descobrir para onde, secretamente, vivemos voltados. Pois, de uma maneira ou de outra, moldamos o tempo segundo a qualidade utópica do que trazemos diante de nós.
2) Hoje começa o tempo da quaresma. É um tempo simbólico, que se pretende uma espécie de sobressalto em relação ao nosso modo rotineiro de viver. A quaresma evoca os 40 anos que Israel passou no deserto, caminhando da terra da opressão para a terra prometida, e os quarenta dias no deserto com que Jesus preparou o início do seu ministério. Quaresma é, por estas referências, um tempo para descobrir quem somos (por detrás de todas as formas de opressão e de traição a nós próprios, por detrás de todos os impasses e obstáculos, por detrás do cansaço e do conformismo). E descobri-lo deslocando o nosso olhar para o "escândalo" e a "loucura", mas também para a beleza (beleza tão humana que é divina, beleza tão divina que é humana!) do caminho essencial de Jesus, da sua vida e da sua morte. Não sei de maior revolução!
3) Os ritos servem para dizer que um tempo é diferente do outro. Neste pôr-a-vida-em-processo-de-florescimento que a quaresma (pode) significa(r), somos ajudados por três sinais, que são, além do mais, uma linguagem do património espiritual da humanidade:
a) A oração: a oração é esta brecha de transfiguração do real (e do mais íntimo real), que nasce da escuta do Outro, do acolhimento da Sua presença. A oração dá ao homem, feito de pó, a consciência de que está diante de Deus. Pelo provisório faz passar o sopro do Eterno. Ao puramente histórico empresta uma vocação transcendente e um destino. A oração permite que o homem olhe não apenas para Deus, mas seja capaz de olhar-se a ele próprio com os olhos de Deus. A oração é um sim dado à acção criadora e recriadora do Espírito.
b) O jejum: a privação do alimento, quando corresponde a um acto espiritual, amplia o campo da liberdade. Vivemos triturados na digestão que o mundo faz de nós próprios. Trazemos o ser hipotecado ao ter. Corremos de um lado para outro, reféns e instrumentos, mais do que autónomos, criativos e críticos. Quem já experimentou com seriedade este caminho sabe que a renúncia liberta, concede um olhar descomprometido com o comércio dos dias, cria uma nova disponibilidade, possibilita o exercício do pensamento e do discernimento, melhora o sentido de humor, fortalece o ser.
c) Ao jejum está ligada a prática da esmola, que tem a sua expressão mais autêntica na condivisão. Lê-se no profeta Isaías: «O jejum que Eu quero não será antes este: quebrar as cadeias injustas, desatar os laços de servidão, pôr em liberdade os oprimidos, destruir todos os jugos? Não será repartir o teu pão com o faminto, dar pousada aos pobres sem abrigo, levar roupa aos que não têm com que se vestir e não voltar as costas ao teu semelhante?». O jejum abre o coração ao outro. A esmola expressa-o no compromisso por um mundo mais justo, igualitário e fraterno.

Se nós recebemos hoje sobre a cabeça o austero sinal das cinzas, é para reacordar em nós a esperança como uma força.

sexta-feira, fevereiro 27

Voltando a Taizè, no mês de Março, três irmãos desta comunidade estarão em Portugal, onde vão visitar grupos de jovens e paróquias. Alguns destes grupos estão a preparar tempos de encontro e oração. Na Diocese de Leiria será assim:

Bajouca: 5 de Março - 21:00 Igreja
Santa Catarina da Serra: 7 de Março - 20:30 Igreja
Leiria: 20 de Março - 15:30 Encontro, no Seminário
18:30 Missa, no Seminário
20:30 Oração com cânticos de Taizé, no Seminário

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Já há muito que não apanhava uma molha assim. Saí para ir ver como estava o meu carro (deixei-o numa oficina da Opel aqui pertinho para fazer a revisão do 100.000 quilómetros), e veio uma chuvada tal que nem o guarda chuva me valeu. E diziam que em Roma raramente chovia…

Mas hoje foi um dia especial cá em casa. Chamaram-lhe a noite portuguesa. Basicamente umas entradas de orelha e pasteis de bacalhau, e um caldo verde e um belo de um cozido à portuguesa (com uma morcela de arroz que quase passava por ser das zonas de Leiria). Um filme sobre Portugal e, claro, a vitória do Benfica! Um jantar um bocado para o pesado, mas valeu!

quarta-feira, fevereiro 25

«Arrepende-te e acredita no Evangelho». E um pouco de cinza na cabeça… Há sinais assim, que falam mais que muitas palavras, como aquela cinza, que fala de mim, de Deus, de mim e de Deus, da morte e da Vida, de pequenez e de grandeza, de finitude e de eternidade… e de um «tempo oportuno». Da minha promessa de escuteiro ficou-me sempre aquela frase que, nestas alturas, recordo e renovo: «Prometo pela minha honra e com a Graça de Deus, fazer todos os possíveis por…»

terça-feira, fevereiro 24

Ainda perguntei se havia por aqui alguma coisa especial, por ser Carnaval: parece que não... Amanhã é mesmo um dia normal de trabalho, e eu lá estarei nas aulas pela manhã… Com o tempo que está também não dava para grandes festas...

segunda-feira, fevereiro 23

E lá fomos nós, sábado pela manhã, armados em turistas! Saímos (um grupo de padres portugueses aqui do Colégio) para passar o fim-de-semana fora. Estávamos confiantes que o São Pedro nos ia dar uma ajudita… O sábado ainda foi menos mal. Fizemos a costa amalfitana, com paragem em Amalfi e em Positado para um belo almoço. Fomos até à pontinha e já vimos mal a ilha de Capri por causa do mau tempo.

Depois descemos até Sorrento. Uma cidadezinha simpática, bonita, bem arranjada. Deu para umas visitas, umas compras, uma cervejola (sim, foi mesmo só uma!)…

Mas o Domingo acordou-nos com chuva, e de chuva nos acompanhou sempre… nada de paisagens, nada de viagens de barco, que o mar estava muito agitado, nada de Capri… Diz que é dos lugares mais bonitos do mundo, e que vale a pena voltar num dia que dê mesmo para apreciar… E assim decidimos voltar para Roma mais cedo, passando por Fossanova. Lá está a abadia onde o São Tomás de Aquino morreu, metida num burgo medieval engraçado, onde também não se almoçou mal. Depois deu-se um saltinho até Priverno para ver o centro, e pronto! Acabou-se! E engraçado como estes dias passam depressa…

sábado, fevereiro 21

A igreja de São Lourenço fica junto ao Vaticano. Não tem nada de especial, senão o facto de ser a igreja do centro internacional da juventude, e de nela estar guardada a cruz das jornadas mundiais da juventude. Tenho passado por lá algumas sextas-feiras porque há uma celebração, ao final da tarde, para a qual são convidados alguns bispos ou cardeais que vão apresentando alguns temas, já em vista das próximas jornadas, que terão lugar em Colónia, na Alemanha, em 2005. Entretanto deve começar a aparecer alguma informação sobre o assunto por Leiria, no site da Pastoral Juvenil (que vale a pena visitar… é feito pelo P.A., e toda a gente reconhece a qualidade dele!), mas entretanto pode ver-se alguma coisa aqui e aqui.

Hoje presidiu à celebração um tal Monsenhor Fitzgerald, que é presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter Religioso. Gostei de o ouvir, assim como gostei de ouvir os cânticos da celebração, muitos dos quais de Taizè. Vai ser com muito gosto que (se tudo correr como previsto) irei passar a Semana Santa em Taizè. É uma pequena aldeia em França onde está uma comunidade ecuménica que prepara encontros semanais para jovens. Todo o ano está por lá alguém, muita gente mesmo, vinda um pouco de todo o lado, e de várias igrejas cristãs, para estar uma semana em reflexão, em oração, em convívio… Este ano, mais uma vez, o Pe. Abílio está a organizar o grupo que parte de Leiria. Será de 3 a 12 de Abril, viagem de autocarro, por 150€ com estadia já incluída. Vale a pena ir. O mail dele é padreabilio@net.sapo.pt (para mais informações e esclarecimentos…). Alguém me quer fazer companhia?

sexta-feira, fevereiro 20

O Pe. Jorge Guarda fez hoje anos. Por isso, depois das aulas, fui ter com ele para almoçar. Ele esteve a residir (esteve, porque sai esta madrugada e já não volta para cá) em Grottaferrata, uma cidadezinha uns 30 quilómetros a sul de Roma. O almoço alongou-se, e depois ainda passei por uma abadia de rito bizantino que está a comemorar os seus 1000 anos.

E assim se passa um dia… pouco mais consegui fazer. Também está por cá aquele tempo chato de chuva e frio que, associado ao ambiente de reinício de semestre, faz um óptimo composto para se preguiçar… Mas, mesmo assim, ainda consegui fazer uma coisa rara: escrever uma carta à mão! Ainda tentei uma segunda, mas já não fui capaz…

quinta-feira, fevereiro 19

Recomeçaram as aulas. Hoje tive Pastoral Juvenil e Introdução à Investigação Positiva no campo da Pastoral Juvenil e Catequética (grande nome…). Este semestre vou ter ainda Filosofia da Educação, Pastoral e Catequese Bíblica, Sociologia da Religião e Pastoral e Catequese Litúrgica. 6 cadeiras ao todo. Um bocadinho mais folgado que no semestre passado, e um dia sem aulas: a sexta-feira (ficam os fins de semana um bocadito maiores).

Já fui saber os resultados finais do primeiro semestre… Enfim, digamos que os critérios de avaliação são um pouco estranhos para mim. Eu sei que não sou mau aluno, mas também sei que não sou assim tão bom… E se nunca tirei um 20 em Portugal (nem mais de 18, e mesmo estes foram raros), passando para uma escala de 30 nunca se espera o máximo… Mas eles aqui são assim para o generoso, e fora um 29, o resto foi 30. Não sei se bem, se mal…

E deste dia pouco mais a registar. Ah, e o empate conta por vitória, já que foram os nossos que marcaram os dois…

quarta-feira, fevereiro 18

Noutros tempos era este o grande centro de encontro entre Roma e o resto do mundo: a cidade portuária de Óstia, hoje conhecida como Óstia Antiga. Um campo completo de ruínas onde dantes pareciam estar muitos e ricos edifícios e que ainda levam umas horas a percorrer... O mar fugiu-lhe, assim como o rio, e com eles as pessoas, mas mesmo assim vale a pena passar por lá um bocado.

Depois passei pela praia, rever o Mediterrâneo, ainda dei um saltito até Castelgandolfo, onde está a residência de férias do papa, e donde se tem uma vista fantástica sobre o lago de Albano. Eu já tinha passado por lá, mas a minha prima Célia ainda não… e hoje tirei-a de casa! Assim se acabaram as férias! Amanhã aulas…

terça-feira, fevereiro 17

Chamam-lhe férias, mas começaram hoje e acabam amanhã… quarta começa o 2º semestre. Aproveitei a tarde para visitar algumas coisas aqui de Roma. Andar pelas ruas, apreciar os saldos, entrar aqui e ali. E aqui e ali se vai encontrando tanta coisa que só não é tão conhecida porque, nesta cidade, é impossível dizer de tudo… Tenho a impressão que vai ficar sempre muito por ver, para não falar do muito visto e não apreciado… Mas aos poucos isto vai.

segunda-feira, fevereiro 16

O vale de Riete, uns 70 quilómetros a nordeste de Roma (seguindo sempre pela via Salária), foi percorrido noutros tempos por São Francisco. Nas montanhas, de um e de outro lado do vale continua a ver-se neve nos picos mais elevados. Por lá existem vários santuários franciscanos que tive a oportunidade de visitar ao logo do dia.

Lá se encontram recordações de outros tempos, mas parece permanecer a mesma paz, a mesma simplicidade, a mesma pobreza, e a mesma beleza… Greccio, onde o Santo fez o primeiro de todos os presépios; Fonte Colombo, onde está o primeiro daqueles T, que ele próprio terá desenhado, e que desde então caracterizam os franciscanos, e onde terá escrito a Regra para os frades menores; La Foresta, isolado no silêncio do monte, lugar onde escreveu o Cântico das Criaturas; Puggio Bustone, lugar onde Francisco se encontra definitivamente com o amor misericordioso de Deus.

O dia não estava especialmente bonito, com o céu um bocado para o carregado. O verde da primavera ainda não veio mudar as cores secas da montanha. O vento a passar pela neve não era propriamente quente… talvez por tudo isso, apesar de ser Domingo, não se tornaram aqueles espaços muito turísticos… Eu gostei assim, e quem sabe, talvez por lá volte.

domingo, fevereiro 15

E como foi o Dia de BP?

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Finalmente abri algumas das super bock que trouxe comigo de Portugal… não há cerveja como a nossa! Por aqui, as únicas bebidas portuguesas que se encontram nos supermercados são os vinhos do Porto e o Mateus.

Às vezes dá-me a saudade dessas noites passadas entre as conversas de amigos e as cervejas, depois de um dia longo de actividades e reuniões… e o simples facto de saber que em qualquer rua, em qualquer lugar, se poderia encontrar gente conhecida, trocar um bom dia, dizer um olá, reencontrar alguém que já não se via há muito. Sair de casa era um «acto social» que agora quase só tenho quando regresso a casa… Viver numa grande cidade, como esta, é fascinante em muitas coisas, oferece uma quantidade impressionante de possibilidades, mas não deixa de ser um espaço menos «humano»...

sexta-feira, fevereiro 13

Sobrevivi! Depois de 3 semanas de noites mal dormidas, desorganização intestinal, ingestão e inalação excessiva de estimulantes (café e tabaco, compreenda-se…), clausura (quase) total, insuficiência visual (ou seja, nada de cinema nem televisão, compreenda-se…), excesso de leitura, e maltrato à memória, cá estou eu, vivo! Este semestre já está! Já só faltam mais 5… :-)

Se não aparecer aqui durante algum tempo, não se preocupem, devo estar sóbrio na mesma, embora ausente!

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É sempre tão inseguro ter que contar apenas com a memória... A ver vamos...

quinta-feira, fevereiro 12

Esta coisa de ter deixado o exame mais difícil para o último dia não foi boa gerência da minha parte… Há que aprender com os erros! Amanhã vai ser um dia longo… Ainda por cima o exame de hoje só o consegui fazer de tarde: correu bastante bem, mas tirou-me algum tempo para o de sexta... Enfim, hei-de sobreviver, espero!

quarta-feira, fevereiro 11

Um dia de volta da Teologia das Religiões. Até foi um dia bem passado, apesar de já sentir algum «desgaste» deste tempo de exames, com uma certa dificuldade para fixar as coisas… Muito do que fui lendo nos apontamentos e na Dominus Iesus fez-me transportar para uma realidade que vou sentido cada vez mais presente entre nós: aquela religiosidade envolvida de um certo relativismo e pluralismo, que vai pegando umas ideias aqui e ali e se exprime num certo «sentimento pessoal» de uma entidade transcendente que vai ficando sem rosto e sem nome, uma energia, uma luz e força que tudo vai orientando para aquela ordem cósmica onde tudo já está determinado, o que até dá jeito, que assim, não sendo livre, o homem limita-se a cumprir o seu destino sem compromissos nem responsabilidades… (sim, estou a pensar nos livros do Paulo Coelho, por exemplo…). E assim se vai montando o credo (deus, igreja, liturgia, mandamentos, etc.…) pessoal, um credo à medida de cada um! É a velha história da diferença entre a busca que se faz de Deus (crença) e a aceitação e entrega a um Deus que vem ao nosso encontro (fé)…

A propósito de quem procurava encontrar a verdade da salvação fora da revelação de Jesus Cristo, escrevia São João da Cruz:

Na verdade, o Senhor lhes poderia responder deste modo: «Se eu te disse toda a verdade na minha palavra, ou seja, no meu Filho, e não tenho outro para te manifestar, como te posso responder ou revelar qualquer outra coisa? Fixa os teus olhos só nele, em quem te disse e revelei tudo, e aí encontrarás ainda mais do que aquilo que pedes e desejas.»

Eu, por mim, continuo a acreditar no Senhor Jesus, verdadeiro Homem, verdadeiro Deus, embora tenha de dizer, todos os dias, «aumenta a minha fé!»…

terça-feira, fevereiro 10

A educação deveria ensinar-nos como estar sempre «enamorados» e de que coisa deveríamos estar enamorados. Os grandes acontecimentos da história foram obra de grandes enamorados, dos santos, dos cientistas e dos artistas; e o problema da civilização é o de dar a cada homem a possibilidade de se tornar um santo, um cientista ou um artista. Mas este problema não pode ser considerado, e ainda menos resolvido, se os homens não têm o desejo de ser santos, cientistas e artistas; e se devem conservar este desejo de modo consciente e contínuo, então é preciso ensinar-lhes o que significa ser estas três coisas. (Maritain)

Mais um dia entre a História da Pedagogia, e para acabar um pouco de Teologia das Religiões que o exame é já na quarta…

segunda-feira, fevereiro 9

E porque a boa vida de passeio não dura sempre… de novo envolvido na sebenta de História da Pedagogia que, quanto mais leio, mais me parece faltar. É daquelas que desfaz todos os meus cálculos… acostumado a estudar entre as 20 e 25 páginas por hora, nesta não passo das 15… E ainda faltam tantas!

domingo, fevereiro 8

A costa amalfitana é duma paisagem fascinante: a imponência das encostas rochosas que desaguam no Mediterrâneo, semeando aqui e ali uma pequena ilha, uma estrada que serpenteia a pedra e liga os pequenos ou grandes povoados onde as casas parecem encavalitar-se num labirinto que só acaba no mar, entre influências árabes e cristãs e ruínas romanas… E uma paleta de cores e de formas onde a obra da Natureza se torna ainda mais interessante com a ajuda do Homem… Passou-se Amalfi, parou-se em Positano (saboreado os sabores locais, do mar os mariscos, da terra os limões). Passou-se depois ao outro lado, a Sorrento, viu-se o golfo de Nápoles ao pôr-do-sol, com Capri ao fundo, e Roma de novo. Um ou outro contacto, porque a viagem também foi para preparar o passeio dos padres portugueses cá da casa para daqui a uns dias.

Para se ver alguma coisa basta carregar aqui.

sábado, fevereiro 7

Entretanto vi que o Região de Leiria desta semana fala dos padres da Diocese de Leiria-Fátima...

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Passou a segunda semana de exames. Falta uma, e dois exames, para acabar o primeiro semestre. Até agora correu tudo bastante bem, se bem que acho que aqui as avaliações pecam pelo exagero… mas sobre isto só falo no fim de tudo, porque os que faltam não são tão simples quanto isso, pelo menos o último, o da História da Pedagogia e de Educação.

E com isto faz também um mês que cheguei de novo a Roma…

E como um mês é sempre um mês está na hora de sair de Roma! Pois é, apesar do aperto, vou sair daqui amanhã, para sul, passear um bocado pela costa… Depois se há-de recuperar o tempo «perdido»!

sexta-feira, fevereiro 6

Deus revela o homem a si mesmo: ajuda-o a orientar-se numa história sinuosa e complexa que parece correr sem ordem. A revelação está no coração da existência e continua o percurso de uma nova e definitiva compreensão que o homem vai assumindo da existência e da história. Deus não falou tanto de si: falou sobretudo ao homem do homem; com palavras e acontecimentos que se tornaram compreensivos e significativos. (Trenti)

Amanhã exame pela manhã…

quinta-feira, fevereiro 5

Depois do exame, já se vê, foi pouca a vontade de trabalhar… E entre outros sítios, fui dar ao do mosteiro das clarissas de Monte Real… Uma pergunta que sempre me pus foi o que faziam estas irmãs de clausura. Eis a resposta delas:

Entre o tempo e a eternidade gira todo o nosso dia-a-dia. Fugindo de toda a rotina, que não raras vezes faz naufragar o mundo em áridos desertos, o nosso dia decorre numa novidade sem fim, onde cada gesto entra na partitura da vida com os acordes maiores de alegria e júbilo, as pausas de silêncio e os pianinhos de caridade e oração. E se de manhã despertamos o Irmão Sol ao som dos inefáveis cânticos da adoração e do louvor, com a mesma melodia alimentamos o dia e, por fim, empurramos a Irmã Lua e as Estrelas para os frescos horizontes da noite. Unidas a toda a criação, todo o nosso agir é adoração e é verdadeiramente com toda a propriedade e alegria que afirmamos: aqui, na clausura, o Sol nunca se põe !!!

quarta-feira, fevereiro 4

Procuste, segundo um conto mítico, era um ladrão da Ática que assaltava os viajantes e os obrigava a estenderem-se numa cama. Se os membros do capturado ultrapassavam o leito, cortava-os; se, pelo contrário, eram demasiado curtos, esticava-o até o fazer ter a exacta medida da cama. Foi morto por Teseo, que o fez sofrer o mesmo suplício…

Um mito que me apareceu por aqui para falar das heresias sobre Jesus: esticar ou cortar para Ele caber nas ideias preconcebidas… Mas que se pode usar em tantas outras coisas quando as queremos ajustar à nossa medida, e justificar as nossas ideias… o leito de Procuste.

Amanhã exame pela manhã…

terça-feira, fevereiro 3

Deus não ama os homens por eles serem bons, mas para que eles possam ser bons. É o seu amor que os torna capazes de sair de um voltar-se egoisticamente sobre si mesmos, de se fazerem a si mesmos o centro de tudo, e descentrarem-se amando gratuitamente os outro, como Ele. Só quem é amado pode amar. (Gallo)

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As coisas têm segredos... só a pessoa é mistério. (Gallo)

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Daqueles dias em parece que nos sai um peso de cima… Depois do exame desta manhã parece que fiquei muito mais descansado. Correu bastante bem… a pergunta que me «calhou» não era demasiado complicada, e isto de falar português para um professor italiano tem as suas vantagens… O resto do dia foi para descasar o cérebro. Amanhã recomeço o estudo a sério. Por hoje gostei a Teverna dei Mercanti (um belo restaurante em Trasteveri, com um ambiente medieval) e de um bar onde se bebe uma boa Guiness…

Amanhã é um novo dia… mas hoje estou bem mais «liberto»…

segunda-feira, fevereiro 2

Para mim é tecnicamente impossível saber bem 800 páginas… mesmo que reduzidas a 21 de pontinhos para decorar… Por isso vou tentar dormir descansado e amanhã logo se vê…

domingo, fevereiro 1

Nada a acrescentar… qualquer dia deixo de escrever! É a isto que chamam a «febre de sábado à noite»?