segunda-feira, maio 30

Pois, como estava a dizer, na quinta não foi Dia Santo aqui em Itália, por isso a celebração da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo passou para este Domingo. Sem a procissão, nem grandes solenidades, é verdade… Mas o «tempo» também não dá para isso, que já acabaram as aulas, o que só é sinal da proximidade dos exames… E começa este vida de clausura, encerrado entre as paredes do quarto e os «lugares» para onde me transportam agora as páginas de Psicologia da religião…

Mas, deste dia, apenas um pequeno apontamento: se esta solenidade é profundamente eucarística, ligada ao significado profundo daquilo que se celebra na Missa, com esse presença única de Jesus naquele pedaço do pão e de vinho (“Isto é o meu corpo… Isto é o meu sangue…”), é também a certeza de uma presença que se prolonga naqueles que acolhem o próprio Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”… diz o evangelho de hoje…

O corpo de Cristo não é apenas o pão e vinho na Eucaristia, mas também (senão sobretudo…) aqueles que O acolhem e vivem… na diversidade própria que é a singularidade de cada um, como dizia São Paulo na parábola do corpo: muitos membros, mas um só corpo.

Mas hoje fica sobretudo, para mim, este apelo a entrar dentro deste Mistério que é a Eucaristia: um Deus que não só se quis fazer um connosco, mas que fica como «coisa» para servir de alimento… Enfim, se isto não é algo de uma «loucura de amor» de Deus por nós, o que será?...

Compreender? Talvez não nos seja pedido tanto… Talvez apenas um progressivo consciente alimentar-se, para que seja Ele, a viver no nosso ser, a fazer-nos «saborear» o próprio Mistério…



Leonardo da Vince, Pormenor da Última Ceia, Milão

Naquele tempo, disse Jesus: «Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo».
Discutiam, pois, os judeus entre si, dizendo: «Como nos pode dar este a sua carne a comer?»
Jesus disse-lhes: «Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre».

(Jo 6, 51-58)

sexta-feira, maio 27

Não, em Itália o Corpo de Deus não é dia santo, por isso não houve direito a feriado: escolinha e estudo como habitualmente!

quarta-feira, maio 25

Exames marcados! Agora é começar a prepará-los convenientemente… Então o programa ficou assim:

06 de Junho – História da catequese e catecumenato antigo e medieval
10 de Junho – Psicologia da religião
13 de Junho – Espiritualidade apostólica
16 de Junho – Pastoral vocacional
20 de Junho – Metodologia catequética: adultos
22 de Junho – Metodologia catequética: adolescentes e jovens
24 de Junho – Exame de bacharelato

Entretanto já arrumei com a Metodologia do trabalho científico e com o Seminário de formação de catequistas, e só falta entregar um pequeno trabalho final para o Seminário de formação interdisciplinar, que também já está quase pronto.

Portanto, já tenho bem com que me entreter nos próximos tempos… E as noites estão quentes, muito quentes!

Por enquanto estou de volta da Espiritualidade, a ler para conseguir acabar um trabalho que servirá para o exame… Mas estava-me a dar o sono e resolvi fazer um intervalo.

A tese de bacharelato entreguei-a hoje, e pelo que me parece o professor não vai dizer para alterar nada. Por isso, do trabalho proposto para este semestre, além dos fazer os exames, só falta mesmo entregar a proposta para a tese final… Já está quase feita. Uma pequena revisão do esquema e da bibliografia era o quanto bastava. Mas acho que vai ficar mesmo para o início do próximo ano, para «meditar» nela durante as férias, trocar umas ideias, e pegar em força lá para Outubro.
Ah! As férias! Ainda tão longe…

terça-feira, maio 24

Mais um mês! É quanto falta para terminar este semestre! Amanhã é dia de marcar as datas dos exames pela manhã, mas já tenho definido o dia 24 de Junho para a defesa da tese de bacharelato (como eles aqui lhe chamam ao primeiro grau, que equivale à licenciatura em Portugal) em Ciências da Educação.

Esta é a última semana de aulas. E o tempo parece correr quando há ainda tanta coisa para acabar de preparar para os tempos que se aproximam! Vida de estudante!... Ainda por cima quando as noites começam a ser sufocantes e a pedir umas cervejas fresquinhas numa qualquer esplanada da cidade…

segunda-feira, maio 23




Não tem nada a ver com dragões, nem com a vitória do Benfica (o Glorioso!!! Finalmente, após tanto tempo!!!) até porque não passa de uma simples osga! Mas foi este bichinho que me apareceu aqui no quarto!!!

A foto é depois da captura, que o vizinho do lado parece gostar de animais de estimação… e até não deixa de ser um bicho giro!

domingo, maio 22

É interessante que neste Domingo da solenidade da Santíssima Trindade, mais do que grandes textos de reflexão teológica sobre o que significa isto de Deus Uno e Trino, o Evangelho, como sempre na sua dimensão mais narrativa que reflexiva, nos conta uma história: a de um Deus que amou tanto o mundo que entregou o seu Filho… E que o enviou para o salvar! Conhecer o mistério de Deus é sobretudo esse convite a perceber a sua acção de amor, no passado, no presente, no futuro… e deixar-se salvar, deixar-se amar…



Andrei Rublev (c.1370-1430), ícone da Trindade


Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita n’Ele já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus».

(Jo 3,16-18)

sábado, maio 21


Junto ao Panteão

Já seguiram viagem! Foi pouco tempo para conhecerem Roma… Mas assim ficam com razões para voltar!

Só hoje de manhã fiquei a saber que, nas duas semanas que se seguem ao casamento, os noivos podem ser recebidos à quarta-feira pelo Papa, na audiência geral, e cumprimentá-lo pessoalmente… Fica a informação para quem estiver a pensar casar entretanto e quiser passar, na lua-de-mel, por Roma…

Ontem a cidade estava um caos! Além de estar cheia de turistas, mais uma vez tivemos os transportes públicos em greve. Não deu para deslocações rápidas, mas ainda deu para dar a volta das grandes basílicas: São Paulo fora de muros, São João de Latrão e Santa Maria Maior.

Voltar à Taverna é sempre uma boa ideia para um jantar agradável… Depois uma volta pelo Trastevere. E pronto: o tempo passa depressa! E a Itália tem muitos lugares bonitos a visitar…


Praça do Panteão

Entretanto, deixo mais uma foto de Roma à noite. Não é que eu seja bom fotógrafo… a minha máquina é que é ainda melhor do que aquilo que eu sabia!...

sexta-feira, maio 20


Noite de Roma Posted by Hello

Ora vejam lá se não estou a ficar profissional nisto! Da ponte de Sant’Angelo, com a cúpula de São Pedro ao fundo, e o rio pelo meio.

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É verdade que não tenho sido grande cicerone… Mas, como ando com trabalhos para acabar, não dá para revisitar a cidade toda desta vez… Por isso, lá vou dando uns passeios nocturnos com o Paulo e a Célia, muito agradáveis pela cidade, mas sobretudo pela companhia. E até descobri umas funcionalidades interessantes na minha máquina digital, que afinal até tira umas fotos giras à noite!

Queria deixar aqui as provas mas não estou a ser capaz de meter fotos hoje. Fica para a próxima, que tenho de ir dormir um bocadito…

terça-feira, maio 17

Pois, é verdade… como estava a dizer, a net esteve em baixo durante uns dias, aqui por casa. Isto já para o final da semana passada, e depois meteu-se o fim-de-semana em que fui dar um «saltinho» até Portugal. Foi mesmo só de passagem: ir na sexta à noite e voltar na segunda à tarde. Mal deu para «saborear»… Se bem que de sabores foi um tempo em cheio, ou não fosse sempre em festa!

Quando me estava a começar a convencer que estava mesmo em casa lá tive de voltar! Mas, mesmo assim, por pouco tempo, foi uma pausa agradável antes deste mês e meio que me espera, de final de semestre e exames. Agora é mesmo para ficar sentadinho à secretária o tempo todo que sobrar das aulas (pelo menos é o que está no meu programa…).

Claro que não posso deixar passar sem mandar um forte abraço ao Paulo e à Célia que já vêm a caminho para estarem aqui um bocadito comigo, e que foram os responsáveis por esta minha visita relâmpago a Portugal… E claro que não posso deixar de lembrar já com saudade todos os amigos e amigas que ainda consegui ver nestes dias…

E pronto, ainda consegui estar na igreja do Espírito Santo, em Leiria, no dia de Pentecostes, o que é sempre bom para marcar este dia em que termina o Tempo Pascal, e em que se celebra este Sopro de Jesus Ressuscitado sobre a humanidade, para a fazer participar de Deus, lhe dar a paz e afastar os medos que possam continuar a fechá-la nas casas das suas inseguranças, esse Espírito capaz de arrancar o pecado para a fazer participar da vida de Deus… Esse Fogo de Deus que continua a ser fonte de vida, se tivermos a capacidade de nos deixarmos aquecer, iluminar e purificar pelo Amor…


Vasco Fernandes (1853-1932) Pentecostes
c. 1534-1535, óleo sobre madeira, 158,3 x 161,7 cm
sacristia da Igreja de Santa Cruz, Coimbra, Portugal

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».

(Jo 20,19-23)

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Depois de uns dias sem net aqui por Roma, e de uma breve passagem por terras lusitanas, eis-me de volta à cidade Eterna. Os pormenores ficam para depois... Para agora fica um olá, quase uma semana depois da última posta, que é tarade e amanhã é dia de aulas...

terça-feira, maio 10

Uma noite inteira para escrever página e meia! Estou tramado! Mas pronto, pouco a pouco, lá se vai fazendo alguma coisa e metade do primeiro capítulo já está pronto…

Mas fiquei de falar do fim-de-semana passado! Pois foi, cá esteve a Salete que veio com três amigas que estão também pela Suiça: a Natália, a Silvie e a Rosa. E pronto, como sempre, foram uns dias giros, de redescoberta de Roma, que passaram depressa.


Salete , Silvie, Rosa e Natália, com o Coliseu ao fundo Posted by Hello

Como o tempo era pouco, ficámos sempre pela cidade. E, apesar de darmos de vez em quando umas corridas para apanhar os autocarros, muita coisa ficou para a próxima, está mais que visto! Mas também não queria que ficassem sem razões para voltar!


Elas outra vez, no meio das flores da Praça de Espanha Posted by Hello

Novidades da cidade: a Praça de Espanha está no seu melhor, já com as flores da primavera pelas escadas acima; os restaurantes do Trastevere estão mais cheios que nunca; não se cabe na Praça de São Pedro ao Domingo de manhã; e os gelados do «Old Bridge» têm um sabor que ainda não tinha provado mas que me conquistou definitivamente: maça verde. Novidade também é dedicar parte do tempo para andar de loja em loja a ver as roupas todas… mas é o resultado de me meter assim com quatro donzelas ao mesmo tempo!


E um jantar inesquecível... Posted by Hello

Coisas de sempre, são os monumentos, as ruas, as igrejas, as esculturas e pinturas… que não deixam de fascinar por muito que se volte a estar nos mesmos lugares… E há sempre mais algum pormenor em que se repara…

E pronto, mais importante é que foi feito em boa companhia, e que tudo pode ganhar um novo olhar…

segunda-feira, maio 9

Estes dias não deu para ir escrevendo… Mas isso fica para a próxima. Para agora queria apenas partilhar três pequenas coisas deste Domingo da Ascensão.

A primeira (e espero não dizer nenhuma heresia…), é que esta «faceta» do Mistério Pascal nos revela que já não existe «Deus-em-estado-puro». A glorificação (ou Ascensão, entrada definitiva de Jesus na comunhão com o Pai) de Jesus leva a humanidade definitivamente para Deus: Deus partilha totalmente da nossa humanidade, não há nada daquilo que é o nosso ser que não seja partilhado por Ele. O outro lado da questão é que também nós partilhamos da divindade de Deus, mas isso é o que iremos celebrar no Pentecostes, no próximo Domingo…

A segunda coisa é uma pequena frase que está nesta conclusão do Evangelho de Mateus: «mas alguns ainda duvidaram». Parece um pouco estranho que no fim, e com aqueles que viveram todo o desencadear dos acontecimentos com Jesus, da morte à ressurreição, apareçam aqui a duvidar… E se sim, porque é que Mateus fez questão de o escrever? Não é propriamente um «bom exemplo». Esperávamos talvez um final mais cor-de-rosa! Mas a verdade é que a fé é uma relação que se faz também de dúvidas, e que estas são um caminho de todos os dias, e que para estes dias de dúvida continua a certeza de uma presença, mesmo que por vezes incompreensível: «Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos». Há sempre este «espaço» de dúvida e de crescimento, de maturação da fé...

Terceira e última, não do Evangelho, mas da primeira leitura, dos Actos dos Apóstolos: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu». A «ausência» de Jesus do mundo é o espaço para uma nova «presença». Não é tempo de ficar a «olhar para o céu», mas de fazer com que Jesus se faça presente, em «todas as nações», através dos discípulos: por isso também já não somos «homens-em-estado-puro», porque vivemos com o Espírito de Deus em nós… E mais uma vez fica a ponte para o próximo Domingo…



Rembrandt, Ascensão



Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, em direcção ao monte que Jesus lhes indicara. Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram.
Jesus aproximou Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e ensinai todas as nações, baptizando as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando as a cumprir tudo o que vos mandei. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

(Mt 28,16-20)

sexta-feira, maio 6

Hoje passei o dia fazer parte de um trabalho para Catequese de Adultos. Analisar uns livros chamados «Esta é a nossa fé» e «Caminhos para a vida», que foi um percurso de dois anos, feitos por dois (agora) bispos, D. Manuel Pelino e D. António Marto, responsáveis actualmente pela Comissão Episcopal para a Educação Cristã.

Ao contrário de outros países, Portugal ainda não tem catecismos aprovados como catecismos de adultos. Nem de jovens. A catequese continua a ser considerada como uma coisa para crianças e adolescentes… Isto, apesar de há muitos anos se ter feito, na Igreja universal e na Igreja em Portugal, uma opção que vai precisamente no sentido de apontar como verdadeira catequese aquela dos adultos! Se em todas as idades se pode ter uma «maturidade» própria da idade, é na idade adulta que se atinge (ou deve atingir…) a verdadeira maturidade… E é também nessa idade que se pode viver plena e maturamente uma opção de fé. Se a catequese é o caminho de formação que a Igreja oferece para ajudar os cristãos a atingir essa maturidade da fé, então seria normal que a catequese fosse sobretudo uma coisa de adultos…

Mas alguma coisa se vai fazendo: preparação de jovens a adultos para o Crisma, catecumenato de preparação para o Baptismo, aqui e ali algum percurso, ainda que breve, com os pais das crianças da catequese, aqui e ali alguns cursos de formação bíblica, além da Escola Teológica de Leigos, de encontros de casais… etc.

Mas talvez muito mais e melhor se possa fazer, para uma catequese com adultos que seja um espaço de diálogo, de crescimento, de maturação, de liberdade, de aprofundamento das «razões da esperança», para uma opção livre e libertadora no seguimento de Cristo no mundo de hoje…

Tudo isto para dizer que tenho mais este trabalho pronto! E que de trabalhos escritos já só falta uma tese! Mas calma, que não é nada de muito especial: são entre 20 e 30 páginas, e sem necessidade de grandes aprofundamentos… espero!!! Até porque o tempo é pouco, e amanhã e Sábado vou ter visitas!

quarta-feira, maio 4

Tráfico de Roma. Hoje foi um dia giro… De manhã tive de andar a experimentar o sistema de travagem, o que valeu um cheirinho a pneu queimado, para não ficar entalado entre um carro que me apertou e os rails, mesmo à entrada de um túnel… Coisa rara, mas andei a experimentar o apito também nessa altura. Agora, à noite, fui dar uma boleia e acabei por apanhar uma multa de estacionamento… Fico à espera que me chegue a casa a ordem para pagar!

Há dias assim!

segunda-feira, maio 2

Estar «prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança» (1 Ped 3, 15). Ora aqui está um desafio interessante! Não só viver na esperança, mas também estar prontos a dizer o porquê dessa esperança!

É verdade que, olhando à nossa volta, às vezes não parece haver razões para a esperança, quanto mais para a manifestar… Mas, apesar disso, o apelo é para hoje. Ou talvez seja mais para hoje do que para qualquer outro tempo!

É certo que Pedro, ao escrever estas coisas aos cristãos do seu tempo, o fazia com um contexto: o da ressurreição de Jesus. A partir desse acontecimento tudo na vida e na História ganhava um novo sentido! Ele, que tinha feito de perto a experiência do Ressuscitado, não teria razão para olhar a sua vida como um simples passar do tempo em direcção a um desconhecido: sabia-se numa relação que o fazia apostar na construção do presente com um sentido de Reino… Sabia que não estava «órfão», porque o Espírito (que é o portador da esperança) não deixaria jamais de o acompanhar. Ou não tivesse ele escutado aquilo que Jesus diz no Evangelho deste Domingo! Talvez nos seja necessário, também neste tempo, re-pensar e re-pesar os «lugares» da nossa esperança, ou das nossas seguranças...

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor, para estar sempre convosco: o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós. Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós. Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis. Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós. Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».

(Jo 14, 15-21)

domingo, maio 1


Posted by Hello

Porque hoje é dia da mãe, a minha, agora já como avó também.
O pequenito é o meu sobrinho, o Ricardo, no dia do baptismo.