segunda-feira, fevereiro 28

Quantas pessoas se encontram ao longo de um dia?! Depende dos dias, é certo… Mas a resposta mais pronta a este tipo de pergunta pode ser qualquer coisa como: «Sei lá! Tantas! Não sei dizer!» Mas dessas «tantas» quantas se encontram mesmo?...

A verdade é que a maioria das pessoas que se cruzam comigo durante o dia acaba por passar de alguma forma indiferente… Muito poucas, tendo em conta o universo total das pessoas com quem me cruzo, têm a capacidade de me «interromper» para que «aconteça» um encontro… Muito poucas se tornam «significativas»…

O texto do evangelho de hoje fez-me pensar nisto… entre outras coisas: na capacidade que Jesus mostra para tornar «significativo» cada encontro, mesmo quando ele parece destinado à insignificância. Uma mulher, e uma mulher samaritana, e uma mulher samaritana pecadora… Não bastava ser mulher (o que já era muito mau naquele contexto cultural), é também samaritana (piorou, dado que os judeus e os samaritanos não eram propriamente dos povos mais amigos…) e pecadora (não só rejeitada pelos homens, mas também pelo próprio Deus, segundo as concepções vigentes…). Bem, digamos que é do piorzinho que se poderia encontrar pela frente. E contra tudo o que era de esperar, Jesus mete conversa com ela. Até ela se admirou: «Como é que tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana?»… E não só mete conversa, como faz «acontecer um encontro» que é capaz de «interromper» a história daquela mulher para a tornar alguém novo.

Das muitas coisas que este texto nos pode fazer entender, esta é talvez a primeira: não há ninguém que Jesus não procure para se «encontrar» com ele, mesmo que esse possa ser o pior ser humano que imaginemos… Nunca seremos tão maus que Deus desista de nós! A segunda é que desse encontro se saciam mesmo as «sedes» que desconhecemos, mas que são as mais profundas em nós. A terceira, para acabar, que se «conhecêssemos o dom de Deus», talvez provocássemos mais este «encontro» com Ele…

Vale a pena ler e reler o texto de João…


Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, junto da propriedade que Jacob tinha dado a seu filho José, onde estava a fonte de Jacob. Jesus, cansado da caminhada, sentou Se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria para tirar água.
Disse-lhe Jesus: «Dá-Me de beber». Os discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos.
Respondeu-Lhe a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana?» De facto, os judeus não se dão com os samaritanos.
Disse-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que te diz: ‘Dá-Me de beber’, tu é que Lhe pedirias e Ele te daria água viva».
Respondeu-Lhe a mulher: «Senhor, Tu nem sequer tens um balde, e o poço é fundo: donde Te vem a água viva? Serás Tu maior do que o nosso pai Jacob, que nos deu este poço, do qual ele mesmo bebeu, com os seus filhos a os seus rebanhos?»
Disse-Lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede. Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente que jorra para a vida eterna».
«Senhor, suplicou a mulher, dá-me dessa água, para que eu não sinta mais sede e não tenha de vir aqui buscá-la. Vejo que és profeta. Os nossos pais adoraram neste monte e vós dizeis que é em Jerusalém que se deve adorar».
Disse lhe Jesus: «Mulher, podes acreditar em Mim: Vai chegar a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vai chegar a hora – e já chegou – em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito e os seus adoradores devem adorá-l’O em espírito e verdade».
Disse-Lhe a mulher: «Eu sei que há-de vir o Messias, isto é, Aquele que chamam Cristo. Quando vier há-de anunciar-nos todas as coisas».
Respondeu-lhe Jesus: «Sou Eu, que estou a falar contigo».
Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, por causa da palavra da mulher. Quando os samaritanos vieram ao encontro de Jesus, pediram-Lhe que ficasse com eles. E ficou lá dois dias.
Ao ouvi-l’O, muitos acreditaram e diziam à mulher: «Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos. Nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo».

(Jo 4,5-42)

quinta-feira, fevereiro 24

Não posso deixar de achar algo estranho esta coisa da política em Portugal… Eu, infelizmente, sou daquela minoria que (desta vez) não foi votar. Contra os meus princípios e «bons costumes». Não tratei das papeladas para ter residência em Itália, logo não tive direito a voto, dada a ausência… Mas fui (e vou) tentando acompanhar o que se passa. E se dizia que achava um pouco estranho esta coisa da política é porque fui vendo que agora, depois desta maioria, há duas coisas que parecem ser importantes (no que se vai vendo nos jornais on-line, claro...) quando se fala de «política» (entre aspas de propósito!!!)...

A primeira é a dança de nomes. Ocupa sempre as primeiras páginas! Uns demitem-se, outros avançam, outros apresentam-se como salvadores da Pátria… E há sempre a especulação: quem vai estar, onde, com que taxo…

A outra não deixa de me preocupar. A «grande questão política», ou a única que me pareceu ter tido alguma relevância nestes meios, aquela que parece ter levado Portugal a todos os problemas económicos e sociais, e por isso aquela que primeiro precisa de ser resolvida, é o aborto! Liberalize-se o aborto e teremos um Portugal desenvolvido a todos os níveis… Veja-se as declarações do Louça quando visitou o PR… Veja-se as declarações de Sócrates sobre o referendo sobre o aborto para alturas do verão…

Também não sei se isto é mesmo assim, ou se esta é a ideia que os tais meios nos querem fazer engolir! De facto, parece ser bem verdade aquilo que afirmava José António Saraiva, director do Expresso, no editorial de 15 de Janeiro de 2005:

Por obscuras razões, o aborto tornou-se para muita gente uma bandeira. As mulheres que abortam - e o assumem - são elevadas à condição de heroínas. As declarações dos políticos favoráveis ao aborto têm imenso destaque na comunicação social.
Há uma febre, uma excitação, uma pressão enorme para se liberalizar o aborto.
Ora o caso é tanto mais estranho quanto é sabido que o aborto é uma prática muito traumatizante para a mulher.
Um aborto deixa quase sempre marcas fundas para toda a vida.
Até por isso, a invocação de «razões psicológicas» por parte de muitas mulheres que pretendem abortar não faz nenhum sentido.
Analisando centenas de casos de mulheres que ficaram grávidas sem o desejarem, verifica-se que têm hoje muito mais problemas as que fizeram abortos do que as que decidiram levar a gravidez até ao fim.
As primeiras carregam frequentemente um sentimento de culpa e arrependimento - enquanto as segundas raramente se mostram arrependidas e, pelo contrário, congratulam-se por terem tomado a decisão de ter o filho.
Mas, independentemente das consequências, outras razões aconselham a uma enorme cautela no tratamento do tema do aborto.
Primeiro, porque é uma prática bárbara - que só por equívoco pode ter sido erigida à condição de «sinal de progresso».
Eliminar uma semente de vida (ou mesmo uma vida) não poderá nunca ser um sintoma de civilização.
Depois, porque todos os passos no sentido da despenalização do aborto são sinais errados dados à sociedade.
Sendo o aborto reconhecidamente indesejável, facilitar o aborto, dar-lhe melhores condições, é dizer implicitamente: «Agora já se pode abortar sem risco, portanto ninguém hesite».
A verdade é que em todos os países que despenalizaram o aborto, o número de abortos aumentou.
E com o aumento do número de abortos aumentou também, exponencialmente, o número de mulheres que carregam problemas psicológicos e traumatismos graves pelo facto de terem tomado a decisão de abortar.


Às vezes pergunto-me que «obscuras razões» serão essas… ou melhor, pergunto-me que ideia de «pessoa humana» anda por aí… ou se «ser desenvolvido» tem alguma coisa a ver com «ser desumano»…

quarta-feira, fevereiro 23

Agora já está definido o horário para este semestre...

Depois de umas confusões iniciais, umas trocas de horários, acabei por me ver inscrito numa cadeira onde somos só 3 alunos: fui lá para dizer ao professor que ia retirar a inscrição por não ter hipótese de frequentar por sobreposição de horários… Afinal ele ajustou o horário, e não tive coragem de me vir embora…

Por isso, para este semestre estamos assim de cadeiras:
- Psicologia da religião
- História da catequese antiga e medieval
- Pastoral vocacional
- Metodologia catequética: adultos
- Metodologia catequética: adolescentes e jovens
- Espiritualidade apostólica

Juntar ainda os seminários:
- Seminário de metodologia catequética
- Seminário de formação interdisciplinar (este quase não conta… não tem trabalho para apresentar…)

Para este semestre ainda:
- Apresentar o trabalho para conseguir equivalência a Metodologia do trabalho científico
- Pensar, aprovar, elaborar e defender a tese de 1º grau
- Pensar e aprovar o esquema da tese de 2º grau

Como o que tem que ser tem muita força… 2º semestre, cá vamos nós!

terça-feira, fevereiro 22

Hoje andei a «espreitar» as escavações de São Pedro. Antes da actual basílica, uma outra tinha sido mandada construir por Constantino, lá o século IV. E quando dessa construção, toda aquela zona da colina Vaticana era uma necrópole com jazigos de libertos romanos e sepulturas simples. Aí terá sido enterrado São Pedro, numa campa simples… Só há relativamente pouco tempo se voltou a descobrir toda esta zona enterrada durante séculos e se procurou redescobrir o lugar do túmulo de Pedro.

É algo emocionante andar por lá, pelos «fundamentos» de um lugar, que é mais que um «lugar»… Aqui tão perto, a 15 minutos a pé, e só agora tirei a tarde para isto! Mas mais vale tarde que nunca! E ainda há muito por ver aqui na cidade… Tenho que começar a dedicar umas tardes ao «vá para fora cá dentro», agora, enquanto é princípio de semestre e dá para estas coisas…

domingo, fevereiro 20

Há momentos em que é algo complicado continuar o caminho iniciado, levar até ao fim uma opção de vida… Há momentos em que é preciso redescobrir tudo o que está em jogo, revisitar as opções iniciais, olhar para aqueles que vão fazendo caminho connosco… Há momentos em que só com um olhar global sobre nós podemos ter força para continuar num caminho de fidelidade a nós mesmos…

Penso que a transfiguração de Jesus é um pouco tudo isto… Não apenas para Ele próprio, mas também para aqueles que com Ele estavam.

No caminho para a cruz, revisitar a sua opção de vida, fazê-lo na companhia daqueles que lhe eram mais próximos, e não ficar aprisionado no sofrimento, mas olhar mais globalmente para a certeza da vitória da Vida sobre a Morte. E receber essa confirmação do Pai: «Este é o meu Filho muito amado…».

Os discípulos ficaram de tal forma envolvidos naquela manifestação da divindade de Jesus que já não queriam sair dali. Montavam-se as «tendas» para um acampamento permanente sem ter que voltar à realidade… Mas o caminho, para Jesus, é feito de «subir ao monte» e de «descer do monte»: se é importante o encontro com a Palavra de Deus (Moisés, Elias, o Pai), não é para fugir da realidade mas para a assumir de uma outra forma.

Era preciso continuar o caminho para «Jerusalém». Mas a perspectiva da Morte, depois da transfiguração seria certamente assumida de uma forma diferente. Porque na certeza da Vida.


Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão e levou os, em particular, a um alto monte e transfigurou Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram se brancas como a luz. E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele.

Pedro disse a Jesus: «Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés a outra para Elias».
Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os
cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai O».
Ao ouvirem estas palavras, os discípulos caíram de rosto por terra a assustaram se muito. Então Jesus aproximou se e, tocando os, disse: «Levantai vos e não temais». Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus.
Ao descerem do monte, Jesus deu lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».
(Mt 17,1-9)

sábado, fevereiro 19

Pronto, prometo que desta vez acabo com as fotos do fim-de-semana passado… Ora cá vai! Depois de Ascoli seguimos à beira-mar, para norte, até Loreto. Quando chegámos já estava ficar escuro, mas deu para ver o mais importante que por ali está: a Santa Casa.


Basílica da Santa Casa, Loreto

A lenda conta que a casa de Maria, em Nazaré, lugar da Anunciação, foi trazida pelos anjos em 1294 até esta terrinha onde agora está dentro de uma basílica que foi desenhada por Bramante, entre outros, lá para meados do séc. XV. O mais provável é que a tradição que liga o transporte da Casa aos anjos seja devida a um erro de tradução… De facto, nesta transladação, no tempo das cruzadas, teria tido um papel muito importante uma tal família dos Angeli.


Interior da Santa Casa

A história parece confirmar que a pequena casa (três paredes) que estão aqui, em Loreto, foram trazidas de barco, de Nazaré, no tempo em que os cristãos foram expulsos da Palestina pelos muçulmanos. As três paredes estariam contra uma rocha com uma pequena gruta, onde agora está a basílica da Anunciação, na Terra Santa.



Venda de flores, Rimini

Rimini é uma cidade costeira, pelos vistos com praias muito concorridas. 15 km de praia com hotéis e mais hotéis. O tempo não dava para aproveitar a praia, por isso limitámo-nos a dar uma volta pela zona histórica no dia 14, pela manhã. As flores nesse dia talvez estivessem a ter mais procura… Mas a verdade é que há sempre flores à venda por todo o lado.


Rimini

É um centro histórico bem tratado, organizado, limpo… E claro, com praças, palácios e igrejas…


San Marino

Até que, finalmente, saímos da Itália! República de San Marino. É a mais antiga república da Europa. Fundada por San Marino que dá o seu nome à república e à maior das suas cidades. O santo era um monge e pedreiro que fugiu das perseguições de Diocleciano, no século IV. Ao todo, a República tem 12 km de fronteiras.



Estava frio...

Lá fomos até à cidade no meio de nevoeiro. Lá esperávamos a neve… o que não deu para tirar grandes fotos quer da cidade, quer da paisagem que se vê lá de cima. Mas ainda me esforcei…


Rua em San Marino

Até que depois de almoço ficou um bocadito melhor e já deu para ver melhor as paisagens! E eis que ao fundo se avista o mar!


Vista de San Marino para Rimini

Afinal os paraísos fiscais nem são assim tão paraísos por aqui… Quem quiser fazer compras baratas é melhor passar por Andorra… Por isso, aproveitámos a tarde para ainda ir até Ravena.


Mosaico baptistério dos arianos, Ravena

Ravena é conhecida pelos mosaicos primitivos cristãos. Mas a verdade é que às 17h já não dava para entrar em lado nenhum… ou quase. De mosaicos conseguimos ver apenas este do baptistério dos arianos, do séc. V. Entrámos em pouco mais lugares, mas mesmo assim deu para ficar com uma ideia geral da cidade, com as suas ruas e praças movimentadas, ao final da tarde, quando parece que toda a gente vem espreitar as lojas em saldos.


Praça em Ravena

E estava na hora de voltar… Roma cá vamos nós!

sexta-feira, fevereiro 18

Ascoli Piceno é uma cidadezinha em d’As Marcas com características medievais, daquelas que, no centro, nos fazem pensar que ainda estamos lá atrás no tempo… Sempre com os montes ao fundo…


vista de Ascoli Piceno

Como sempre, uma Duomo e a respectiva Piazza. A Duomo, na Piazza dell’Arringo é do século XII, e tem uma fachada barroca.


Piazza dell’Arringo e Duomo

E depois a Piazza del Popolo com a igreja de San Francesco, esta em estilo gótico.


Piazza del Popolo e igreja de San Francesco

Foi uma paragem que não estava nos planos iniciais, mas valeu a pena antes de seguir caminho para Loreto…

quinta-feira, fevereiro 17


Gran Sasso

Domingo de manhã. Tempo limpo. A temperatura exterior andava pelos 11º, mas mesmo assim não faltava neve por todo o lado no Gran Sasso d’Italia, uma zona montanhosa a uns 100km a nordeste de Roma. Uma pequena aldeia, a Isola del Gran Sasso d’Italia, tem um santuário famoso de São Gabriel. Foi lá a nossa primeira paragem.


Santuário de São Gonçalo

De lá pode ver-se ao fundo a montanha repleta de neve, e a imponência do Corno Grande que atinge os 2914 metros. Por alguma coisa lhe deram este nome…


Corno Grande

Apesar de não parecer ser uma paisagem de climas muito amenos (daquelas que é bom para passar, visitar, passar uns dias… mas não para viver!) há quem goste e invista… E pode mesmo tornar-se mais prático cuidar da neve do que do jardim da casa! Mas, para quem passa, não deixa de fazer uma certa inveja uma casita de quintal branco como esta…


Casa no Gran Sasso

E entre a neve, lá seguimos caminho à procura de um lugar para almoçar. O que não foi fácil de encontrar que ao Domingo não é dia de trabalho. Por isso, por cá, quem quer passear o melhor é levar farnel de casa.

E foi o princípio da aventura...

quarta-feira, fevereiro 16

Domingo e segunda foi para o passeio: Gran Sasso d’Italia, Ascoli Piceno, Loreto, Rimini, San Marino, Ravena… Entretanto vou tentar deixar por aqui algumas fotos. Neve, muita neve, sobretudo na parte mais montanhosa. Grandes paisagens. Cidades típicas da Itália com as suas praças e igrejas. E, claro, San Marino!

Hoje foi dia de preguiçar e lavar o carro (sim, incrível, mas depois de 5 meses já precisava de ser lavado… deu que fazer!!!). E meter os livros em dia: que amanhã começa o segundo semestre logo pela manhã! 2º semestre, cá vamos nós!

domingo, fevereiro 13

Quarta-feira passada, no inicio da Quaresma, dizia que o evangelho proposto apresentava todo um projecto de vida feita de reencontros essenciais: connosco próprios, com os outros, com Deus. É sempre na relação que cada um se encontra. Mas a relação é sempre vivida numa tensão… pode ser ou não bem vivida… Na liberdade que nos constitui, cada momento é feito de opções. É a aventura da Vida!

Este primeiro Domingo da Quaresma é um hino à liberdade! Essa mesma liberdade que o próprio Jesus viveu. No «deserto», encontra a tentação… À sua frente tem uma vida/missão que pode ser vivida de tantas formas: podia escolher o seu «estilo» de ser/viver o seu projecto de vida… Percorrendo as «tentações» aí o vemos a optar, deixando de lado uma vida centrada na satisfação das necessidades materiais (transformar as pedras em pão…), centrada no sucesso das suas capacidades (lançar-se do pináculo… o espectáculo), ou no poder ou prepotência (todos os reinos dos mundo…). A opção de Jesus é outra. A sua lógica é a do Amor… Na sua relação consigo, com os outros, com o Pai, não há outra lógica que queira assumir para si…

Se há alguém que nos pode dar a conhecer o mistério de nós próprios, se há alguém que viveu como verdadeiro homem, na totalidade do que o ser homem significa, esse é Jesus… Não se trata apenas de um exemplo de vencer a tentação… É o assumir da Vida na Liberdade e no Amor: aí percebe plenamente quem é, aí vive o encontro com quem partilha a sua vida, aí vive a relação com o Pai.

Estava a tentar escrever algo semelhante ao que fiz nos últimos domingos… recontar a história do evangelho… Mas desisti! Não poderia senão escrever uma história demasiado pessoal… e talvez não seja o espaço para publicar uma coisa dessas… Deixo, por isso, o texto original… E quem aceitar o desafio de se deixar confrontar por ele talvez possa recontar, para si, também a sua própria história…


Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo Demónio. Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome.

O tentador aproximou se e disse lhe:
«Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães».
Jesus respondeu lhe:
«Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’».

Então o Demónio conduziu O à cidade santa, levou O ao pináculo do templo e disse Lhe:
«Se és Filho de Deus, lança Te daqui abaixo, pois está escrito: ‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’».
Respondeu lhe Jesus:
«Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».

De novo o Demónio O levou consigo a um monte muito alto, mostrou Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse Lhe:
«Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares».
Respondeu lhe Jesus:
«Vai te, Satanás, porque esta escrito: ‘Adoraras o Senhor teu Deus e só a Ele prestaras culto’».

Então o Demónio deixou O e logo os Anjos se aproximaram e serviram Jesus.

(Mt 4,1-11)

sábado, fevereiro 12

Dois grandes filmes a não perder:


Un long dimanche de fiançailles, de Jean-Pierre Jeunet, com Audrey Tautou

e


Finding neverland, de Marc Forster

sexta-feira, fevereiro 11

Às 7h tocou o telefone… era o Caldas que, ao contrário de mim, está sempre com pressa para fazer os exames! Queria «arrumar» o assunto cedinho! E lá fomos, e fomos dos primeiros, e às 9.30h já estávamos de férias! Quer dizer… não é bem férias, mais tipo um fim-de-semana um pouco mais longo. Quarta já recomeçam as aulas: 2º semestre do 2º ano! Quer dizer que, daqui para a frente já falta menos do que o que já foi, o que não deixa de ser uma perspectiva interessante!

Apesar de ainda não saber todas as notas, digamos que correu bastante bem. Também alguma generosidade dos professores, é verdade, mas sobretudo uma forma diferente de avaliar… Mas o que conta é o que vai ficando, de conhecimento, de reflexão, de experiência, de projecto…

Mas a verdade é que, agora, sabe bem é estar este bocadinho de férias!

quinta-feira, fevereiro 10

Não sou daqueles que gosta de espreitar o fim de um livro quando o começo a ler… gosto de ir saboreando a história sem ter o «privilégio» de saber mais do que o que devo no momento em que estou. Mas há outras histórias que é bom saber o fim, como esta que recomeçou hoje de novo: e o fim da história é precisamente o da vitória da Vida sobre a Morte, com todo um caminho que leva da cruz à ressurreição. E se é bom saber o fim desta história é porque não é uma história qualquer, de ler ou conhecer, mas aquela que dá um sentido novo à minha própria história… digamos que é de «reviver». É verdade que muito diferente! Mas também sempre com essa tensão entre Morte e Vida e sobretudo com o sentido da Esperança que daquela outra, a de Jesus, a minha história pode beber…

Recomeçou hoje, então, este caminho: 40 dias de Quaresma. O projecto do percurso foi traçado, no evangelho que abriu este «tempo oportuno», em três palavras: esmola, oração e jejum. Como que a relembrar, mais uma vez, que o caminho para a Vida é feito de Morte, ou que a ressurreição tem também o cenário da cruz: quando há a capacidade de «morrer» para algumas coisas, aí surge a oportunidade de «viver» para outras. Eu diria que o evangelho desta Quarta-feira de Cinzas nos lembra o essencial do nosso crescer em humanidade, na rede de relações que o torna possível:

Jejum – o que é senão um aprofundar uma relação com a essencialidade de nós próprios? Redescobrir quem somos, aquilo que nos é essencial, o que é supérfluo, o que está a mais e o que está a menos, o que podemos evitar e o que devemos buscar… às vezes custa deixar, mas é nesse despojamento que surge também a Vida…

Esmola – esse abrir do nosso próprio ser e ter para ir ao encontro do outro com quem partilhamos a vida… Para não ficar fechado em mim mesmo, mas disponível para encontrar no outro aquele que me diz quem sou. E assumir essa atitude de quem dá e de quem se dá para tornar (mais) possível o «mundo de sonho» que habita o nosso desejo. E pode não ser fácil dar(mo-nos), mas é aí que surge a Vida…

Oração – o encontro do nosso ser com o de Deus, onde se descobre o sentido de nós próprios, na totalidade do projecto de Deus, onde os nossos limites se abrem aos desejos de Deus, e os nossos desejos se encontram com os limites do divino… Às vezes custa esta abertura para Deus, e o sentir de algumas exigências que virão desse encontro… Mas é aí que está a fonte da Vida…

Por isso dizia que, nesta história, é bom saber como termina… Dá mais força para assumir, com Esperança, a parte da Morte neste caminho para a Vida… E talvez daqui por 40 dias possa sentir-me um pouco mais eu…


«Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de emiar-te.
Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu
Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.»

(Mateus 6,1-6.16-18)

quarta-feira, fevereiro 9

Ouvi dizer que hoje tinha sido «carnaval»... Enfim! As coisas que se dizem por aí!...

segunda-feira, fevereiro 7

Exame pela manhã e entrei na recta final: agora já só falta o de sexta para terminar o semestre. Entretanto resolvi sair um bocadito de casa para tratar de outras saídas. E é assim que já estão marcadas as viagens para as férias da Páscoa: ida na quinta-feira 17 de Março, final da tarde, que os voos da sexta já estavam cheios, e no Sábado espero sair para Taizè. Regresso a 3 de Abril, Domingo, mas logo pelas 14.30h, que o voo da tarde também já estava completo...

E hoje fico-me por aqui, que amanhã é carnaval e, já que não há desfile, ao menos uma cervejola esta noite!

domingo, fevereiro 6

Começava a anoitecer e, como sempre, esta era a hora em que muitos podiam ir ter com Jesus. Era uma altura especial: muitos vinham com os seus problemas, as suas questões, outros traziam os seus doentes… E Jesus não se cansava de estar ali, com cada um. Depois, havia sempre espaço para alguma partilha: em cada dia parecia acontecer o milagre da multiplicação dos pães. Com o pouco que cada um podia trazer, a comida chegava sempre para todos.

Apesar de ter tido um dia cheio, Jesus não parecia cansado, e os seus discípulos pareciam fascinados com aquele rosto que transmitia aquela felicidade de que tinha falado ainda há pouco… Como desejavam perceber melhor tudo isso de que Ele falara para se sentirem mais parecidos com o Mestre!

Começaram a distribuir a comida, enquanto se acendiam aqui e ali uns archotes para dar um pouco de luz àquela noite.

- Sabes, Jesus – disse um dos que ali estavam – devia haver mais pessoas como tu! Pessoas assim capazes de nos trazer vida e esperança… Sabes como é difícil viver neste mundo cheio de problemas, de dificuldades… às vezes parece que está tudo contra nós!

Jesus sorriu àquela afirmação. Olhou nos olhos aquele que lhe falara e percebeu como era do fundo do coração que ele Lhe falara… Comeu um pouco mais do peixe que Lhe tinham dado…
- Está muito bom este peixe, não acham? – perguntou aos que estavam ali mais perto, sentados junto de um dos archotes.
- Sim! – foram respondendo.

- É verdade! – continuou Jesus – A diferença que faz um pouco de sal na comida! É verdade que vos trago um boa nova, que vos anuncio que o Reino está próximo. Mas agora, também vocês são chamados a fazer o mesmo que Eu. Vocês são o sal da terra! Imaginem que o sal perdia o seu sabor! Para que serviria?! Para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens… Serem como um pouco de sal, que é pouco, mas faz a diferença toda! E olhem para este archote?! Acham que ele se acende para se esconder, para se meter debaixo de alguma coisa?! Para isso não valia a pena o esforço do o acender. Mas sendo apenas um archote, aceso aqui, ilumina-nos a todos… Tal como uma cidade que se constrói no cimo de um monte não se pode esconder, também uma luz é acesa para que todos vejam! Não para ficar escondida! E vocês são essa luz, a luz do mundo, para dar vida e dar esperança a todos os que encontram, e também eles encontrem e louvem o Pai!

Olhou de novo para aquele que o tinha interpelado… E continuou:
- Sabes, és tu também que és este sal e esta luz… O que recebes agora de Mim não é apenas para ti…

E naquela noite aquele homem não foi capaz de desviar os olhos da chama daquele archote enquanto revisitava cada momento da sua vida…

sexta-feira, fevereiro 4

Sexta à tarde. Depois de um exame pela manhã, desta vez História da catequese contemporânea, avizinha-se um fim-de-semana com Moral para o exame de Segunda. Mas já faltou mais… Daqui por uma semana e dois exames estarei a meio desta aventura romana…

quinta-feira, fevereiro 3

Continuando a reflexão dos últimos dias…

Aquilo que escrevia ontem tem uma consequência muito prática. Tantas vezes se pode entrar em «crise» perante situações de sofrimento... Uma das maneiras de sair desse confronto com o sofrimento é refugiarmo-nos numa «desconhecida vontade de Deus» que é, supostamente, a razão que está para além das nossa incapacidades de responder a uma determinada situação… Ou então acaba-se por negar a possibilidade de um Deus que permite estas coisas… Não heverá outra saída? Eu pessoalmente penso que sim...

Olhando para o Deus de Jesus Cristo, Aquele que Ele anuncia numa atitude pró-Vida, como O encontramos nos evangelhos, Aquele que ressuscita Jesus Cristo «no seu mundo», percebemos que, se por um lado a vontade de Deus é sempre a favor da Vida, por outro essa se realiza num Amor que não pode ser vivido senão na liberdade, e por isso não «interfere» nem na liberdade humana, nem no desenrolar dos acontecimentos da Natureza. Isto para dizer que o sofrimento deve ser visto mais como um problema ético do que metafísico. Ou seja, um modo concreto que temos para colaborar com Deus é o nosso empenho para fazer triunfar a Vida sobre a Morte, de procurar fazer desaparecer as causas concretas (históricas, não metafísicas…) que provocam o sofrimento. Tal como o fez Jesus…

Assim, o Deus que Jesus Cristo nos anuncia, na sua Vida, Morte e Ressurreição, aparece como Aquele que convoca a humanidade para uma só grande tarefa: a de fazer triunfar concretamente a Vida sobre a Morte. E foi para isso que Jesus se fez um connosco: para nos dar a Vida, e a Vida em plenitude.

Partindo donde começava, perante situações como a da loucura da guerra e a sua profunda desumanidade, ou perante acontecimentos excepcionais como o é um maremoto, mais importante que ficar com questões «metafísicas» de tentar perceber o porquê todo este sofrimento, e de atribuir culpas a este ou àquele, ou até ao próprio Deus, o importante é perceber o papel que posso ter para que, naquelas em que posso ajudar a evitar, sejam evitadas, e naquelas que passam para além das minhas capacidades pessoais, o que posso fazer para fazer ressurgir a Vida onde ela parece estar mais distante… Assim nas coisas grandes, como nas mais pequenas, essas que fazem parte do meu dia a dia…

quarta-feira, fevereiro 2

Falar do «sofrimento de Deus» não é uma coisa muito habitual… Isto porque normalmente se faz uma identificação entre perfeição e impossibilidade objectiva de sofrer. Se Deus é o Ser perfeito, e quem é perfeito não pode sofrer, Deus não sofre, porque sofrer seria sinal de imperfeição. Logo, sofrendo, Deus não seria perfeito, e por isso mesmo não seria Deus. Sendo Deus o Ser infinitamente perfeito, é também, nesta lógica, infinitamente apático (do grego: a-pathos = sem sofrimento).

O problema deste raciocínio é precisamente o de fazer da característica decisiva de Deus a apatia. Se em vez desta, se percebe que a sua característica decisiva é o Amor (em grego: agapê = amor total e gratuito, diferente de eros = amor numa dimensão erótica, e do filos = amor de amizade, fraternal) então tudo muda!

O sofrimento, longe de ser uma imperfeição de quem ama, é sinal de perfeição! E é-o principalmente em Deus que se preocupa, ou melhor, que se centra na plenitude de Vida daqueles que ama.

Um amor que não sabe sofrer com o sofrimento da pessoa amada seria um amor imperfeito…

Para amanhã, pela manhã, novo exame. Desta vez Narração. Por isso, fico-me mesmo por aqui, apesar da brevidade das palavras para uma realidade tão grande... E deixo para amanhã o resto das consequências da segunda conclusão de ontem.

terça-feira, fevereiro 1

Voltando à questão do sofrimento, pode ser? Como os meus dias agora se resumem sempre mais ou menos ao mesmo, aproveito para tentar expressar, ao meu modo, algumas coisas que vou vendo pelos livros dos outros. É qualquer coisa do tipo de exame escrito, já que agora é quase tudo orais… E esta parece-me ser sempre uma questão actual. Quem não vive de alguma forma esta problemática, esta tensão entre Vida e Morte (e tudo o que de alguma forma é sinal de Morte…)?

Mesmo numa leitura algo superficial dos evangelhos, se há uma coisa que logo podemos perceber é que Jesus tem sempre uma atitude em favor da Vida, a todos os níveis (físico, espiritual, moral, relacional…), e para todos e cada uma das pessoas que encontra, a começar por aqueles que parecem ter menos «qualidade de vida». As suas palavras e as suas atitudes são sempre de libertação, de cura, de acolhimento, de esperança… Basta abrir uma qualquer página de um dos evangelhos para confirmar isso mesmo.

Desta vida de Jesus, desta sua forma de estar e de agir, podemos perceber aquilo que é a primeira grande e importante afirmação ao falar de sofrimento, dor ou Morte: a vontade de Deus, revelada em Jesus, é absoluta e radicalmente a favor da Vida.

Mas esta evidência não pode nunca separar-se de uma outra constatação. A segunda grande afirmação pode dizer-se assim: Deus «abstém-se» de intervir para livrar Jesus da morte, à qual tinha sido condenado pela maldade dos homens. Não «mexe os cordelinhos» passando por cima da liberdade histórica, concreta, daqueles que eram os «actores» daquele momento. Ele respeita essa liberdade até ao fim.

Mas intervém num outro sentido: pela Ressurreição, ou seja, pela sua vitória plena e definitiva em si da Morte. A Ressurreição é a expressão suprema da forma que Deus tem para se relacionar com os homens: no fim há a vitória da Vida, é certo, mas sempre «para lá do mundo», no «mundo de Deus», onde já não teria de forçar a liberdade dos homens. É o respeito supremo de Deus pela liberdade humana, que nos mete para lá de qualquer «fatalismo» ou «destino», ou simplesmente daquela tendência actual para considerar que todo o Universo «conspira» (tão ao gosto de escritores como Paulo Coelho…) para que as coisas aconteçam de determinada forma, que não são mais que um retirar de liberdade e, consequentemente, de responsabilidade pessoal e social…

Partindo destes dois dados bíblicos, a vida de Jesus e a sua Ressurreição, podemos tirar duas conclusões sobre o Deus de Jesus Cristo:
1ª Se o homem sofre, Deus sofre com ele.
2ª Ele convida os homens a empenharem-se no esforço de fazer desaparecer as causas do sofrimento.

Mas acho que, por agora, vou ficar por aqui. O texto já está a ficar grande (deixo para amanhã o «sofrimento de Deus») e amanhã é dia de exame logo pela manhã: Cultura e Evangelização.