Tenho estado sem net à hora em que costumo escrever algumas linhas para meter aqui… Por isso, hoje escrevo «fora de horas», não vá acontecer o mesmo à noite! Também é verdade que agora não estou muito voltado para outras letras, aquelas já escritas por outros: amanhã vou sair rumo a duas semanas sem aulas nem estudos (escolásticos…) e agora já não vale muito a pena começar nada de novo… Além disso, está aquele tempo (outra vez!!!) triste e chuvoso que cansa o olhar…

Ainda a propósito da visita deste fim de semana… Ainda não falei aqui de Tratevere, pois não? Pois… esta é a uma das zonas mais «características» da cidade. Aquela zona que está fora do «centro», do outro lado do rio, a zona dos antigos subúrbios, dos bairros pobres. Hoje é uma das zonas mais bonitas da cidade, tanto de dia, como de noite. Os inúmeros restaurantes e bares, a animação das praças, o comércio aberto até tarde, mantém ali milhares de romanos e de turistas pela noite dentro. Foi um serão muito divertido o de sábado que passámos por ali, a começar pelo jantar na Taverna dei Mercanti!



Mas voltemos à escola! Depois de tantas vezes programado e desmarcado um convívio para a turma do primeiro ano, lá na Universidade, hoje, finalmente, conseguimo-nos encontrar. Depois da missa, o almoço partilhado. A nós, portugueses, calhou-nos tratar das bebidas alcoólicas (enfim, vá-se lá saber porquê!!!). O sucesso do nosso desempenho foi notório! E o vinho do Porto continua a ser imagem de marca!

Já meti a Carina no comboio de volta para Florença. Não é fácil visitar Roma num fim-de-semana mas, mesmo assim, fartámo-nos de andar.... e corremos quase tudo, pelo menos aquilo que penso ser mais importante numa primeira paragem por aqui. Ficou a faltar os museus do Vaticano, mas porque depois de hora e meia na fila voltamos para trás porque tinham acabado de fechar…

De cada vez que vou «mostrar» a cidade, acabo por descobrir coisas novas, passar por outras ruas… Ou simplesmente olhar novos pormenores… E há coisas que nunca cansam… Como as esculturas de Bernini, de que o êxtase de Santa Teresa, em Santa Maria della Vittoria é um exemplo:




E a Peregrinação, como correu?

Este vai ser um fim de semana diferente, para revisitar a cidade. Vai estar por cá a Carina, uma amiga de Leiria, que está em Erasmus por Florença. Depois da Páscoa espero passar uns dias por Florença também... Mas agora vai ser para «aproveitar» esta presença...

Este fim de semana é a Peregrinação da Diocese de Leiria a Fátima, a primeira a que falto depois de tantos anos... o que torna ainda mais agradável a presença de alguém da «nossa terrinha»...

Falta uma semana para me por no avião!

- Já me desamparou o Senhor, o meu Senhor esqueceu-se de mim...
- Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei.
(Isaias 49, 14-16)

Não resisti a copiar para aqui parte do texto da primeira leitura da celebração de hoje.

Estabeleci como princípio acabar alguns trabalhos antes de ir de férias: parece que o tempo começou a passar mais depressa e não me quer deixar... Vai ser uma «luta» interessante esta! Hoje avancei qualquer coisa mas pensei que poderia ter ido mais longe... Também é verdade que o Porto foi uma boa desculpa para «festejar» e tirar uma parte da noite...

Obviamente, não funcionou... As fotos que meti na comunidade webshots não devem dar para aparecer aqui... fica a marca da minha desilusão!

Se isto funcionar, é a primeira foto tirada por mim que ponho aqui no blog, e será sinal que posso vir a mostrar outras das minhas «vistas» de Roma...

IV Domingo da Quaresma: um Pai que abraça o filho. Talvez não haja melhor parábola para falar de um Deus que espera... sempre... Não terá Deus mais fé nos homens que os homens em Deus?

Quanto pesa a vida?
Dizem que todos perdemos 21 gramas no preciso momento da nossa morte… todos

21 gramas. Não é propriamente um filme leve, mas vale a pena ver. Pela forma e pelo conteúdo. Liberdade, consciência, acaso e destino, Deus e o homem, vida e morte, esperança, sofrimento, amor e perda, sentido… passa tudo um bocado por lá, nesta história onde o tempo corre sem tempo, como se o que importa estivesse para além de qualquer tempo… O que espera uma mulher que perde o marido e duas filhas… O que sente o homem que os matou acidentalmente… O que vive o homem com a morte anunciada que recebe o coração do homem acidentado… E o silêncio das respostas no encontro das suas histórias cruzadas…

Encontrar companhia para ir ao cinema é mais fácil do que para ir beber uma cerveja… e sai mais barato…

.


Passei o dia a lembrar-me do meu pai e de como não me podia esquecer de lhe telefonar depois de jantar... e esqueci-me! resultado, só lhe liguei já passava da meia noite (aqui, porque em Portugal ainda era dia do Pai...). Às vezes gostava de ser «artista» para deixar escritas, por aqui, coisas «bonitas» ou «bem-ditas»... hoje seria um desses dias. Como não sou, fica apenas este meu «sentimento» de nunca saber bem dizer o quanto e como se gosta de alguém...

Billy Elliot, de Stephen Daldry. Felizmente o pessoal por aqui vai tendo uns filmes interessantes para ir vendo. «The triumphant tale of one boy who reaches beyond his place in the world to follow his heart's desire.» Além disso, ainda deu para perceber que o meu inglês ainda não está muito mal…

Hoje, mais um Doutor cá em casa. O Pedro Brito, do Porto, fez a defesa da tese esta tarde. Depois do jantar fiquei-me mesmo pelo filme… «e basta!»

Ah, já me esquecia… o P.A. disse-me para fazer publicidade ao site da Caritas de Leiria: a visitar, claro! Além do mais tem por lá um monte de sugestões de jogos, histórias, músicas… Durante muitos anos fui monitor de colónias de férias na casa da Caritas, na Praia do Pedrógão… desses tempos ficaram-me muitos amigos, muitas recordações, muitas saudades… Se não fosse já estar um bocado velho para a coisa ainda voltava, agora que tenho férias maiores…

Já me apeteciam umas férias…

Mas enquanto não chegam vou vendo o que se passa por Leiria. Entre as minhas visitas diárias estão os jornais do burgo, claro, os «blogues» dos amigos, e também o da pastoral juvenil… lá está a informação para o encontro de Sábado com os irmãos de Taizè…

Às vezes, ao chegar assim ao final da noite, fico sem ideias do que posso aqui deixar como referência do que tenha marcado o meu dia pela novidade… O que é que hoje fugiu da rotina? ... as aulas, as conversas, as leituras, a celebração, as notícias… Afinal… as rotinas são mesmo o lugar da novidade...

Bend it like Beckham, foi o filme desta tarde a Filosofia da Educação. Uma jovem indiana que se vê dividida entre os seus sonhos e os sonhos, projectos e tradições da sua família. É engraçado, e vale a pena ver neste contexto de «modelos» de educação…

.


Saindo de Roma em direcção a Viterbo, encontra-se pelo caminho uma pequena cidade: Sutri. No nosso «roteiro» não estava prevista a paragem, mas foi impressionante ver um grande anfiteatro (possivelmente etrusco, anterior aos romanos) completamente escavado na pedra… é certo que é uma «pedra mole», o tufo, mas não deixa de ser digno de nota…



Seguimos caminho, passámos ao lado do lago de Vico e parámos para apreciar a paisagem.



Pouco depois Viterbo. É uma cidade importante para nós, portugueses, porque é na catedral de Viterbo que se encontra o túmulo do papa João XXI (chamado «Pedro Hispano» por Dante, no canto XII do Paraíso), o único papa português, e que morreu nesta cidade em 1277 (devo dizer que o túmulo é muito simples, tão simples que quase passa despercebido…).

É agradável passar pelas ruas medievais de Viterbo até chegar àquela que (dizem os roteiros da cidade…) é a praça medieval mais bem conservada de toda a Itália. De facto, vale a pena parar um pouco nesta Praça de San Pellegrino.



Depois do almoço seguimos em direcção a Bagnoregio. Pelo caminho ainda espreitámos o lago de Bolsena a partir de Montefiascone que é famosa pelos seus vinhos, uns tais «Est est est», que, segundo reza a história, assim ficaram conhecidos porque um bispo, que ia para Roma, mandou à sua frente um criado que fosse assinalando os lugares onde ia passando com «est», no caso de ter bom vinho, e «este est», para o caso de ser muito bom… Pelos vistos o tal bispo nunca chegou a Roma… ficou-se mesmo por ali!



Finalmente a «civita» de Bagnoregio. Dá gosto ficar a ver… E depois passar a longa ponte pedonal, único acesso à cidade «que está a morrer»: sendo mole a pedra sobre a qual ela está construída, esta vai sofrendo, a um ritmo fora do normal, os efeitos da erosão. Vai ficando cada vez mais pequena… A casa onde nasceu São Boaventura é agora um espaço «sem fundo» (ou melhor, com o fundo umas boas dezenas de metros mais abaixo…). Por ali nos ficámos um pouco a passar nas ruas que restam…

Bagnoregio

Hoje foi dia de passear... Como já é tarde, e tenho de ir dormir qualquer coisa, deixo apenas esta imagem... Depois conto o resto!

Voltou o sol. Anda a brincar connosco, ora aparecendo, ora escondendo-se atrás das nuvens… Hoje, parecia prometer ficar para mais uns dias… Espero que sim, e que leve com o mau tempo esta pouca vontade de me agarrar aos livros… De qualquer maneira, pareceu-me um bom dia para acabar a reserva de Super Bock…

É rara a rua de Roma onde não se encontra pelo menos uma destas bandeiras a pender de alguma das janelas… Mas o desejo de muitos parece nada contar contra a vontade de uns quantos… Até quando?

Todos os anos, por alturas do final de ano, a Comunidade de Taizè organiza um grande encontro europeu de jovens… o último foi em Paris, antes em Budapeste, Barcelona… A grande novidade é que este ano será em Portugal! Os três irmãos que vieram de Taizè e andam agora pelas dioceses (e entretanto estarão em Leiria), vieram também para anunciar o 27º Encontro Europeu de Taizè. Lisboa vai receber entre 70 a 100 mil jovens de toda a Europa naquele que será muito possivelmente o maior evento que a Igreja portuguesa alguma vez acolheu!

Por enquanto ainda não se sabe muito mais… aliás, a notícia só vai ser tornada pública «oficialmente» no Domingo de Ramos, dia da juventude… Nesse dia estaremos a chegar a Taizè…

A Isabel está em Timor, no segundo ano de um projecto de voluntariado com os Leigos para o Desenvolvimento. Fez-me chegar, por um padre que veio de lá, um pequeno presente… Tenho aqui algumas dessas pequenas recordações, pequenos sinais que me tornam presente pessoas… é engraçado como a distância valoriza estas coisas…

O professor de Filosofia da Educação lembrou-se de propor que víssemos alguns filmes, como complemento ao que estudamos… Lá fiquei durante a tarde na universidade, mas valeu a pena. Étre et Avoir, de Nicolas Philibert, melhor filme francês no festival de Canes de 2002. Georges Lopez, não representa. É o professor de uma pequena aldeia no sul de França, com a sua pequena classe de 13 alunos. O realizador limitou-se a recolher imagens de uma escola real. Um professor que mostra o que é possível fazer quando se ama o que se faz…

Acredito que quem me conhece se espante com esta minha recaída no futebol… é verdade, voltei ao estádio, uma semana depois, desta vez para ver o Roma contra o Inter de Milão (ganhou o Roma 4 a 1… o que é um bom prenúncio para o Benfica que vai defrontar o Inter esta semana… as coisas que eu sei de futebol!). Mas não há motivos de preocupação: com este jogo deve ter acabado a minha fase de «tifosi». Hoje foi mais «emocionante»: mais golos, mais gritaria, mais morteiros a estoirar e garrafas a voar, mais erva para fumar... E as coisas bonitas que as claques dizem umas às outras! Digamos que é uma forma de aprender muitas palavras (e gestos típicos da cultura italiana...) que não me ensinaram no curso de italiano!

Uma das extravagâncias que tinha pensado fazer já está. Agora tenho outra em mente: quero ir assistir a um grande concerto rock ao vivo! Vou ficar à espera para ver o que aparece por cá…

O nosso vice-reitor, o Pe. Cordeiro, foi hoje fazer a defesa do doutoramento. Lá estivemos em peso, para que os professores não se atrevessem a dar-lhe má nota! Bem… não foi bem por isso, mas pronto, é sempre bom estar nestes momentos importantes da vida de um estudante que termina assim um longo, longo percurso… e assim sempre merecemos o almoço melhorado, o chouriço e os torresmos de Brangança e o vinho de Borba!

Ao chegar ao jantar encontrei um padre de Leiria. Estará por cá uns dias o Reitor do Santuário de Fátima. Lá se falou de obras… claro!

Os pinguitos que caíram à noite não assustaram os turistas (hoje muitos homens de saias… a cidade está invadida de escoceses…) e foi agradável voltar ao campo dei Fiori para saborear um cervejita. A cidade, com alguma subida de temperatura, ficou mais animada…

Pouco depois de aqui chegar, logo percebi, entre outras coisas, que estar em Roma significa também o poder «desenrascar» os amigos e conhecidos, e conhecidos dos amigos, ou mesmo amigos dos conhecidos, para uma data de coisas: uns que precisam de uns livros, outros de bênçãos papais, outros de uma reserva para umas noites… É claro que, às vezes e em algumas destas coisas, se têm de sujeitar aos meus gostos… Hoje, por exemplo, recebi um pedido de uns livros e fui mandar fazer uma bênção… Mas não deixa de ser interessante este papel... Precisas de alguma coisa daqui? ;-)

A exortação apostólica A Igreja na Europa (de 2003) lança um olhar pelas luzes e sombras do contexto social e religioso actual, e faz um forte apelo à esperança, e ao anúncio dessa mesma esperança. Foi a minha leitura de hoje, a preparar também um pequeno trabalho que tenho de apresentar para a semana.

É um bocadito longa, mas não de mais, e tem a vantagem de ter um olhar centrado na realidade europeia, analisando, denunciando, alertando, anunciado… para que a Europa não esqueça que o «cristianismo foi no nosso continente um factor primário da unidade entre os povos e as culturas e de promoção integral do homem e dos seus direitos» (nº 108). Mas sobretudo para recordar que nós, os cristãos, somos portadores de um grande tesouro: a boa notícia da esperança…

Se tudo correr bem e (quase excepcionalmente…) nesse dia não se registar nenhuma greve dos controladores aéreos, pilotos, hospedeiras, ou qualquer outro sector que possa impedir um avião de levantar voo, estarei a partir daqui, no dia 1 de Abril, quinta-feira, pelas 19 horas (ok, já sei que pelo menos este horário é mentira…) em direcção a Lisboa. Hoje fui tratar deste assunto: nada como ter a viagem marcada e o bilhete na gaveta nesta altura do campeonato! E por falar em campeonato… impróprio para cardíacos aquele jogo do Benfica… Nem sei bem como, mas lá se passou à fase seguinte, graças ao Moreira!

Durante este mês os preços do cinema estão em promoção: 3€ à tarde. Aproveitei para ver «Big Fish» – simplesmente recomendável, sobretudo para quem gosta de «sonhar» a vida… ou precisa de aprender… ou para quem gosta de trabalhar o seu «imaginário»… para quem gosta de contar ou de ouvir contar histórias… ou simplesmente para passar o tempo! Não importa a desculpa... é mesmo a ver!

Depois de tanto tempo acompanhado pela chuva, foi bom voltar a encontrar o sol logo pela manhã. Até deu para estudar mais qualquer coisa que nos dias anteriores. Esperemos que esteja para ficar!

Já começou aquela sensação de ter muito que fazer, apesar da (ainda) pouca vontade… Os professores já definiram os trabalhos e métodos de avaliação para este semestre. São poucas as cadeiras em que não há um livro ou dois para ler, resumir, analisar. Desta vez tenho duas cadeiras em que tenho de apresentar um pequeno trabalho para cada aula. Já estou a ficar organizado mentalmente para este novo semestre e tenho a impressão que vai ser muito interessante!

Mas também não deixa de ser interessante saber que daqui por um mês estarei de volta a Portugal, mesmo que seja só por um dia, para depois partir para Taizè. Um mês! Ainda se lembra daquela música «the final countdown» dos Europe?

Milão 1, Lazio 0: foi este o primeiro jogo de futebol (a sério) que fui ver! O jogo não foi nada de especial, e como não estava nem por uma equipa nem pela outra, foi um bocado aborrecido não poder festejar o único golo da partida, tendo em conta que os vizinhos podiam não gostar muito de me ver contente com aquele golo… Mas foi engraçado todo aquele ambiente de um estádio bem composto, com os «cânticos» das claques, as reacções do público, e a impossibilidade de rever as jogadas em câmara lenta… Talvez me apanhem num ou noutro jogo do União…

De manhã fui rever os museus do Vaticano. Tinha-os visto quando vim a Roma nas Jornadas Mundiais da Juventude, há 4 anos. Capela Sistina, salas de Rafael, sala dos mapas… Sem palavras mesmo. A certo momento perde-se a capacidade para apreciar bem cada um dos tesouros ali guardados, sobretudo quando, como eu, se começa pela Capela Sistina, e se consegue apanhá-la ainda com pouca gente por lá. Não admira que veja todos os dias uma fila enorme de gente para entrar. E eu acho que vou querer voltar…