segunda-feira, outubro 31

Como hoje é Domingo (e já não fazia esta minha rubrica há muito tempo!)...

Com o evangelho de hoje podíamos começar a falar de uma data de coisas, interessantes e actuais. Por exemplo: a coerência ou testemunho de vida, apontado como um dos principais “problemas” das comunidades cristãs de hoje. Ou sobre a importância das manifestações exteriores: se por um lado se requer um testemunho de vida, por outro lado parece apostar-se num certo “escondimento” para que as acções não sejam notadas como um mero “aparecer farisaico”… E depois há a questão do reconhecimento, da fama ou sucesso: será importante ou não, para um cristão, mesmo como “meio” ou “forma” de fazer chegar mais longe a vida e mensagem de Jesus?

E há também a parte final do Evangelho que dava para pegar em coisas como a questão da centralidade de Jesus Cristo, único Mestre, que faz do cristianismo não uma “religião” de códigos de leis, de ritos, de princípios morais, mas uma relação com Alguém que se fez um de nós… E as consequências de relação fraternal com quem nos vai acompanhando na nossa história pessoal, já que nessa relação nos percebemos com um único Pai celeste. E, para terminar, a eterna questão da humildade…

Com tudo isto, acho que não vou fazer uma opção para “falar” aqui… Simplesmente tentar deixar que o Evangelho continue a ter a sua capacidade de “inquietar” e de “desinstalar” de sempre…


Naquele tempo, Jesus falou à multidão e aos discípulos, dizendo: «Na cadeira de Moisés sentaram-se os escribas e os fariseus. Fazei e observai tudo quanto vos disserem, mas não imiteis as suas obras, porque eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles nem com o dedo os querem mover. Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens: alargam os filactérios e ampliam as borlas; gostam do primeiro lugar nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, das saudações nas praças públicas e que os tratem por ‘Mestres’. Vós, porém, não vos deixeis tratar por ‘Mestres’, porque um só é o vosso Mestre e vós sois todos irmãos. Na terra não chameis a ninguém vosso ‘Pai’, porque um só é o vosso pai, o Pai celeste. Nem vos deixeis tratar por ‘Doutores’, porque um só é o vosso doutor, o Messias. Aquele que for o maior entre vós será o vosso servo. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

(Mt 23,1-12)

domingo, outubro 30

Bracciano

Nem sempre se cumpre a palavra… Eu bem tinha dito que este fim-de-semana tinha de ser para trabalhar. Mas estava um dia de sol tão convidativo para aproveitar as cores outonais que até parecia mal ficar todo o tempo em casa, de volta de livros e do computador. E uma volta pequenita não faz mal a ninguém, pelo contrário!

Necrópole em Cerveteri

Passar um bocadito nos arredores de Roma para conhecer lugares onde nunca tinha ido, porque se podia ir em qualquer altura. E a altura foi mesmo hoje!


Cerveteri fica a uns 40 km a norte de Roma. Junto à costa, teria sido uma das cidades mais importantes do Mediterrâneo quando por cá andavam os etruscos. Desses tempos resta sobretudo a necrópole, a cidade dos mortos. É uma extensão impressionante de túmulos construídos ente o século VII e I a.C., de forma variada, mas onde dominam os construídos em forma circular.

Centro de Bracciano

Depois de uma breve passagem pelo centro histórico, seguimos entre o relevo da Lazio, até ao maior lago da zona: o lago de Bracciano. Antes, uma paragem na cidade dominada pela fortaleza Orsini-Odescalchi. Depois o lago, já dominado pelas cores do entardecer.

Lago de Bracciano

sexta-feira, outubro 28

Fez ontem um mês desde o regresso a Roma… e hoje fui levar um pessoal ao aeroporto para passar o fim-de-semana fora… e Sábado volto lá para levar mais gente… E eu, eu fico mesmo por cá, até pertinho do Natal. Aulas dia 21 de Dezembro à tarde. Lá para o dia 22, se tiver voo, pode ser que apareça em Portugal.

Por enquanto tenho andado entretido com pequenos trabalhos sobre a organização metodológica da catequese em Portugal (ver o que dizem os documentos… a propósito, saiu um novo documento dos bispos portugueses sobre a catequese, para quem possa estar interessado) e sobre a formação dos catequistas. Mas este fim-de-semana está nos meus planos a revisão do esquema da tese para ver se falo com o orientador e começo a avançar a sério com isso… Por isso, viagens e visitas vão ser canceladas até ao fim-de-semana que vem!

quarta-feira, outubro 26

Ao que pode chegar a publicidade...

terça-feira, outubro 25

Cassia


Depois de um fim-de-semana algo descansado, hoje foi dia de voltar ao trabalho… Como fiquei na equipa responsável por preparar o passeio aqui do pessoal da foto da «posta» anterior, tive de ir «ao terreno» ver como eram as coisas.

Santuário de Santa Rita, Cassia

A zona é sempre agradável: a Úmbria (é a região de terras como Assis, Perúgia, Orvieto…). Mas nós vamos para terras (talvez) menos conhecidas. E foi assim que fomos percorrendo o agradável vale de Rieti, agora com as cores outonais, até chegar a Cassia, que é muito conhecida entre nós pela Santa Rita que por lá andou (pelo menos não faltavam papeis de devoção à santa das causas impossíveis quando andava por Leiria…). Depois de celebrar, seguiu-se para Núrcia (Norcia), a terra natal de São Bento, que é conhecida como a capital dos enchidos (por sinal são mesmo muito bons!), onde almoçámos (Ah! O duro trabalho de ter que escolher um restaurante para toda a gente! Estas responsabilidades são mesmo muito pesadas!) e que é uma bonita cidade fortificada, metida no meio de um vale.

Praça de São Bento, Núrcia


Depois de almoço continuámos caminho, passando por Spoleto (já conhecido, por isso não parámos por lá), e fomos ver se valia a pena ir um pouco mais acima, até Montefalco (terra de bons vinhos, que tivemos de provar…), ou Spelo (mas aqui já não deu tempo para uma paragem).


Rua em Montefalco

Roma, que já era tarde. E agora é assim, com os trabalhos por acabar… O resultado foi, além das aulas e de um trabalho de grupo para a apresentação de um trabalho, não ter saído da frente do computador o resto do dia!

Aqui, para acabar, como comecei com uma janela, fecho com outra...

Montefalco

sexta-feira, outubro 21

Orá cá estamos nós! Hoje foi dia da foto oficial. Ocorreu um pequeno problema, e o fotografo acabou por ir a correr e ficar a tapar um amigo coreano... Mas estamos aí todos!

quinta-feira, outubro 20

Hoje… pronto, hoje vou puxar um bocadito a brasa à minha sardinha: hoje foi a inauguração do ano académico na UPS – Universidade Pontifícia Salesiana. Como sempre acontece neste dia, começam as celebrações com a Missa solene pela manhã, seguida de uma Sessão Solene. Novidade deste ano foi a oferta de um almoço, não solene, mas suficientemente bom, apesar de volante, que serviu de apresentação do novo espaço da Universidade que, a partir de agora (finalmente), dispõe de uma cantina para os alunos.

Quanto à «sardinha» do princípio, é assim: na tal Sessão Solene, depois do discurso inaugural do reitor da Universidade, do discurso do Cardeal Angelo Sodano (Secretário de Estado do Vaticano, que este ano foi o convidado especial para esta cerimónia), e da homenagem aos professores jubilares, foi a vez de «premiar» os alunos. E é nesta parte que apareceu então a tal «sardinha», que afinal não passou de uma pequena medalha da Universidade concedida aos alunos que completaram o currículo de estudos com a nota máxima (30/30). E foi o que me aconteceu, ao completar aquilo que eles aqui chamam o «baccalaureato» (que corresponde à nossa licenciatura), em Ciências da Educação.

Lá subi ao palco para receber do Grande Conselheiro e Reitor maior dos Salesianos, Pascual Chávez Villanueva, a dita cuja medalha acompanhada de um pequeno diploma e (isto sim, tem mais utilidade…) uma esferográfica da Parker.

Este ano terei de acabar o currículo para a «licenza» (correspondente ao nosso mestrado), apresentar a tese final e voltar para Portugal!

quarta-feira, outubro 19

Há pouco recebi um convite para ir passar uns dias ao Mosteiro de Tibães (Braga), no caso de querer um lugar aprazível para passar uns dias de descanso ou de retiro. Naturalmente que descanso não é coisa de que precise neste momento, depois das férias que tive, e Braga está um bocadito longe…

Mas com a curiosidade, deu-me para ver o que se dizia na net sobre este espaço… E acabei por entrar também no site do IPPAR. Para quem quiser, encontra por aí algumas propostas para uma jornada ou um fim-de-semana por terras lusas…

Enfim... efeitos da saudade...

terça-feira, outubro 18

O fim-de-semana, por cá, foi de festividades: 105 anos do Colégio Português em Roma, 30 anos do novo edifício, 30 anos da presença das Irmãs Franciscanas de Santa Maria das Vitórias ao serviço da instituição.

Entre celebrações, concerto, almoços e jantares, a casa esteve cheia de convidados. Lá se foi realçando a importância de uma instituição como esta, o papel que ela foi tendo ao longo deste tempo para a formação dos padres portugueses e para a Igreja em Portugal.

Entre o programa das «festas» tivemos também uma visita ao espaço onde funcionou anteriormente o Colégio Português: o Palácio Alberini, mesmo junto ao Castelo de Sant’Angelo. E é desta visita que deixo aqui uma lembrança dedicada a quem por lá esteve (se não me engano…) e que agora tem um novo espaço na net, «resistência» de seu nome.


Uma vista do Palácio Alberini, no labirinto das ruas da parte de trás


Vista de Roma a partir do terraço do Palácio Alberini:
alguns dos tradicionais terraços entre prédios degradados da parte velha da cidade

sexta-feira, outubro 14

De um livro que acabei de ler há poucos dias, e a propósito de uma homilia que ouvi e que me fez pensar que, de facto, neste Igreja há lugar para uma grande diversidade de perceber e viver a relação com Deus e com os outros, e que não podemos querer ter a verdade toda, mesmo que nos pareçam muito estranhas certas concepções da vida, apenas uma frase:

«Tender à perfeição, mas não pretendê-la»…

(in: E. Fizzotti, Logoterapia per tutti, Rubbentino 2002, 240)



quarta-feira, outubro 12

E pronto, agora é mesmo a sério. Começaram as aulas e os trabalhos para apresentar. E, com elas, as viagens pelo trânsito de Roma, para dar ainda mais alguma emoção aos dias… É verdade que hoje fiz uma viagem algo atribulada quando ia para a Universidade à tarde (é vê-los a passar vermelhos, passar riscos contínuos, meter cinco filas em duas faixas, passar pela direita… para não falar das motorizadas…), mas o grande «acontecimento» do dia foi de manhã.

Como o Colégio Português está em fase de festividades (105 anos da fundação, e 30 da abertura desta casa na Via Nicolò V), foi pedida uma audiência ao Papa. A resposta foi a possibilidade de estar bem perto dele na audiência geral desta Quarta-feira.

Depois de uma saudação em português ao reitor e alunos do Colégio, o Papa, bem no final de tudo, passou junto ao lugar onde estávamos, e pudemos cumprimentá-lo, mesmo que um pouco ao longe, como no meu caso, que estava em quarta fila… Mas pronto, a verdade é que não é todos os dias que temos a possibilidade de estar assim, tão perto. Tão perto que saiu esta foto (sem zoom, claro!):


Bento XVI, audiência geral, Praça de São Pedro, 12 de Outubro de 2005

sábado, outubro 8


São Pedro ao fundo, vista da ponte de Sant'Angelo

Chuva, trovoadas, frio… Tem sido assim nos últimos dias, os primeiros deste novo semestre.

Enquanto tive a visita da Sandra ainda deu para passear pela cidade. É verdade que apanhámos uma molha quando estávamos a terminar a visita à Praça de Espanha, no Domingo, e na Segunda quando fomos até Assis também deu para molhar os pés. Mas ao chegar a Florença já não foi preciso usar o chapéu-de-chuva. Uma volta bonita, esta de Assis e Florença. E, apesar do tempo tão contado, ainda consegui visitar alguma coisa diferente por lá: desta vez o Palazzo Vecchio, a luxuosa residência dos Medeci…


Em São Pedro, a Sandra , que passou o tempo a olhar para cima...


Em Roma também algumas novidades: algumas partes dos Museus do Vaticano, o Museu de São João de Latrão, as catacumbas de São Calisto, a igreja do «Quo Vadis» uma ou outra rua ou igreja de que já nem sei o nome (tantas são as igrejas nesta terra…). Além da aventura de passar com o meu carro num troço de uma das antigas vias romanas (vou ter que ir ver dos amortecedores por causa disso, mas pronto…).

Rua em Assis


É a vantagem de ter visitas. Além de se mostrar a cidade, acaba-se sempre por descobrir algo de novo!

Agora é aterrar de vez no semestre que está a começar. Quero avançar com a tese final, que ainda preciso de esquematizar melhor para ver se aprovo o esquema no próximo mês. Quanto a cadeiras, para este semestre apenas 3: Antropologia e catequese; Formação de catequistas; Perspectiva eclesiológica na pastoral e na catequese. E ainda o estágio de Metodologia catequética. Este ano resolvi não encher demasiado o horário... mas mesmo assim não vai faltar trabalho.

Roma, terceiro ano! Cá vamos nós…

sexta-feira, outubro 7

Hoje comecei as aulas. Amanhã é que vou tratar de fazer a inscrição e orientar o plano de estudos, mas hoje já tinha aulas de uma cadeira obrigatória para este semestre, e outra que quero frequentar… Por isso, foi ir levar a Sandra ao aeroporto, logo pela madrugada, e depois ir ver como estava a universidade, que ainda não tinha passado por lá.

Por isso é que não tenho escrito nada aqui: andei a visitar e revisitar Roma (e não só…) e não deu para passar muito pela net. Mas foi uma boa «introdução» a Roma. Para além de visitar os «lugares de sempre», deu para visitar muitas coisas novas! E, claro, bem acompanhado!

A lista de coisas por contar vai aumentando. Mas agora penso que vai começar um tempo mais «certinho» e vai dar um bocadito para isso tudo. A ver se este espaço volta a ter alguma vida…