sexta-feira, setembro 30














As fotografias que tirei não dão para perceber… Mas a verdade é que hoje à tarde pensei sair um bocadito para ir à descoberta de Roma. Passados 2 anos, ainda há muita coisa para ver! Hoje fui rumo à Roma imperial: visitar a «Domus Aurea». Está mesmo ao pé do Coliseu, mas nunca me tinha despertado a atenção.

É o que resta de uma construção megalómana, pensada por Nero para sua residência. Uma casa enorme de cerca de 80 hectares (é verdade, 80 hectares de casa! Caso para dizer: «estes romanos são loucos»!), que ocupou grande parte do centro da cidade de Roma depois do incêndio do ano 64. Pouco depois da sua construção, muito do espaço que ocupava foi de novo restituído à cidade, incluindo o lugar onde está actualmente o Coliseu. O que resta foi conservado porque foi coberto de terra para se construírem as termas de Trajano… Enfim!

A verdade é que me pareceu muito grande a volta que dei lá por baixo de terra (que por cima ainda está o jardim com as ruínas das termas…), e estavam algumas alas fechadas nas eternas obras de restauro… E «aquilo» era apenas uma pequena parte!




quarta-feira, setembro 28

Decididamente estou a ficar destreinado desta coisa de escrever… Estava tentado a deixar passar mais um dia antes de marcar presença, mas fiz um esforço de vontade e cá estou!

De regresso a Roma. Para começar mais um ano. O último desta minha passagem por aqui com a pastoral catequética. Já estive a olhar para o horário e tenho a impressão que vai ser um ano relativamente calmo quanto à parte curricular: 3 cadeiras por semestre, mais o estágio. Depois é a tese final, também para fazer este ano.

Vinha a pensar passar estes primeiros dias em viagem: Sicília. Correu mal, fiquei mesmo por cá. A começar a ambientar a esta coisa de estar metido dentro das quatro paredes do meu quarto.

É verdade que já fui ver como estava Trastevere à noite… E a cidade continua cheia de turistas neste final de Setembro. Mas tenho de me conter que os projectos de viagens que se aproximam não deixam estender muito os gastos...

Mas, voltando ao que vou fazendo estes dias, e falando de leituras, por agora ando numa fase «propedêutica» aos estudos propriamente ditos. Já por cá falei de Frankl e da logoterapia. Pois, é verdade que achei interessante e ando a ler mais qualquer coisa sobre o assunto. Quanto a filmes, um que o Migo me emprestou e que aconselho: «Wide Awake», de Night Shyamalan (realizador do «Sexto Sentido» e de «A Vila», entre outros) sobre um rapaz que anda à procura de Deus. Ele (Migo) anda a tratar de arranjar as legendas em português…

Hoje uma última palavra para quem me fez começar com o blogue… Inesperadamente o Gonçalo foi ontem surpreendido com a morte do pai… Mesmo à distância não podia deixar de querer «estar presente» de alguma forma e deixar um abraço de amizade e de esperança.

domingo, setembro 25

Depois de três breves meses de férias (enfim, não tenho culpa de ser estudante em Itália…) chegou o momento de partir de novo para Roma. Para trás ficaram muitas coisas por contar. Talvez vá voltando a elas de vez em quando… Para agora, apenas a certeza de que será (provavelmente…!!!) mais fácil ser mais regular a dar notícias de mim por aqui.

E, como sempre, um «até já» às terras lusas: desta vez, se tudo correr bem, até ao Natal!

terça-feira, setembro 6

depois de Colónia, a viagem continuou de comboio...

Depois das Jornadas, em Colónia, a viagem continuou num interrail que me levou a Praga, Bratislava, Viena, Budapeste e Munique…

Mas disso vou falar só daqui por algum tempo, que agora vou interromper o discurso para uma semana de «egoísmo espiritual»… Vou até Soutelo, perto de Braga, à Casa da Torre, para uma semana de exercícios espirituais.

segunda-feira, setembro 5

vista de Colónia


Os dias mais importantes das Jornadas Mundiais da Juventude são aqueles em que o Papa está com todos os jovens para a vigília da noite de Sábado e a missa da manhã de Domingo.

casa museu Beethoven, Bona


Antes deste encontro final, as Jornadas são vividas em dois momentos principais: num primeiro momento, grupos organizados de jovens são recebidos pelas diversas dioceses do país acolhedor, neste caso a Alemanha, e aí têm uma semana intensa de actividades e encontros, com a possibilidade de partilhar da vida das comunidades locais. O grupo de Leiria-Fátima não foi para esta fase, mas apenas para a segunda, mais próxima das Jornadas. Mais perto do lugar onde se realizam as Jornadas são organizadas diversas actividades para uma preparação mais próxima: de manhã há catequeses e a celebração da Eucaristia, por grupos linguísticos. Nós ficámos em Leverkusen (conhecida pela empresa Bayer e pelo clube de futebol local…) onde tivemos estas actividades com alguns brasileiros e angolanos que por lá estavam também. À tarde, há o chamado «festival da juventude»: no guião que nos foi dado poderíamos ver as centenas de actividades propostas, de música a grupos de discussão, momentos de oração e reflexão, filmes e visitas… e escolher aquelas em que queríamos participar.

vista de Dusseldof


Isto deu-nos espaço para conhecermos não apenas a cidade de Colónia, mas também as cidades vizinhas de Bona e Dusseldorf. Com um grupo mais pequeno (que nesta fase é importante organizar pequenos grupos que autonomamente decidam o que fazer, que não dá para andar com um grupo de 100 pessoas pela rua!), conhecemos a grandiosidade da catedral de Colónia e algumas das ruas do centro histórico e chegámos mesmo ao museu do chocolate, conhecemos o centro de Bona e visitámos a aí casa museu do Beethoven, circulámos pelas ruas mais ribeirinhas de Dusseldof e entrámos num museu e em várias igrejas.

quinta-feira, setembro 1

«Viemos adorá-l’O!»

vista de Colónia com a catedral ao fundo

Foi em Colónia, na Alemanha, a cidade onde tradicionalmente se encontram os restos mortais dos magos que vieram do oriente, seguindo uma estrela, para se encontrarem com a Luz de um Deus feito homem, que muitos, mesmo muitos jovens de todo o mundo, aceitando o convite de João Paulo II, reforçado pelo Papa Bento XVI, se encontraram nestas Jornadas Mundiais da Juventude.

um dos nossos tradicionais almoços...

É um tempo particular, o de umas Jornadas como estas. A cidade, que se vê invadida e sem capacidade de resposta para a multidão que a congestiona, vive apenas em festa. Nas ruas da cidade, por onde quer que se circule ou se pare, é constante o movimento de jovens que dão um colorido num mar de cores que se agita ao som dos cânticos… O que trará tantos e tantos jovens até aqui? Apenas este ambiente de festa exterior? Ou haverá também uma festa interior que se vive na certeza de um encontro com a tal «Estrela» que outros seguiram, e que hoje nos continua a inquietar para sairmos das nossas seguranças e nos metermos a caminho para também nós O adorarmos?

adoração da cruz das jornadas

Entre buscas, encontros, descobertas e caminhos por percorrer, penso que pude reconhecer um pouco mais de vida e de esperança por detrás do rosto cansado (mas feliz…) de cada um dos muitos milhares de jovens que depois de uma noite de vigília e da celebração com o Papa, na manhã de Domingo, abandonavam o «Campo de Maria» para voltarem «por outro caminho» (o «caminho» de quem esteve ali e viveu a oportunidade de partilhar o tempo das Jornadas) para o lugar donde partiram…

vigíla de oração

«Viemos adorá-l’O!» Uma Jornadas que, como sempre, nos lançam para a vida, como nos dizia o Papa, na noite da vigília, ao relembrar-nos o que é a verdadeira adoração: «Isto significa que não construímos para nós um Deus privado, um Jesus privado, mas que cremos e nos prostramos diante daquele Jesus que nos é mostrado pelas Sagradas Escrituras e que na grande procissão dos fiéis chamada Igreja se revela vivo, sempre connosco e, ao mesmo tempo, sempre diante de nós»...
chegada do Papa ao «Campo de Maria»